Polícia começa a ouvir PMs envolvidos em ação que deixou 9 mortos em Paraisópolis
Ao todo, 31 PMs são alvo do inquérito aberto pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa
Os policiais militares investigados após um tumulto que terminou com a morte de nove pessoas em um baile funk, em dezembro do ano passado, na favela de Paraisópolis, em São Paulo, começaram a ser ouvidos ontem pela Polícia Civil. Ao todo, 31 PMs são alvo do inquérito aberto pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa.
Cinco deles prestaram depoimento nesta segunda-feira. Segundo o advogado dos policiais, eles relataram aos investigadores que só atuaram na favela depois que o pisoteamento aconteceu. Os PMs repetiram a versão adotada desde o início pela defesa de que a confusão foi causada por dois suspeitos em uma moto que passaram atirando contra policiais que cercavam o baile funk, e, logo depois, entraram na favela.
Segundo os PMs, foi nesse momento que os frequentadores da festa se assustaram, correram para a viela e tropeçaram uns nos outros, causando as mortes. A versão das testemunhas e familiares das vítimas, no entanto, é diferente. De acordo com eles, policiais entraram na favela efetuando disparos de bala de borracha e jogando bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão, dando início à correria que terminou com nove mortos e 12 feridos. O inquérito da Corregedoria da PM inocentou os agentes.
*Com informações do repórter Leonardo Martins
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