Polícia de São Paulo autua 27 pessoas por soltura de balões apenas na primeira quinzena de junho
Atividade proibida no Brasil tem maior volume de ocorrências no período das festas juninas; em 2022, 129 balões foram apreendidos e 257 pessoas autuadas, de acordo com dados da Polícia Militar Ambiental
De acordo com dados da Polícia Militar Ambiental, em 2022, 129 balões foram apreendidos e 257 pessoas autuadas em São Paulo. Até a primeira quinzena de junho deste ano, 35 balões foram apreendidos e 27 pessoas autuadas. Mas a expectativa é de que até o fim do mês o número já apresente crescimento significativo. Em Itaquera, bairro da zona este de São Paulo, uma perseguição a um balão perdurou por mais de 30 km até que as autoridades ambientais conseguissem contê-lo antes de um potencial incêndio. Outro flagrante foi registrado pelas autoridades em Suzano, região metropolitana de São Paulo, onde um grupo de pessoas se preparava para soltar um balão de aproximadamente 54 metros. Na ocorrência, nove pessoas foram multadas no valor de R$ 50 mil cada. Em entrevista à Jovem Pan News, a tenente da Polícia Militar Ambiental, Luísa Rocha, destacou que os acompanhantes da prática também podem ser responsabilizados pelo crime.
“Faz parte da soltura do balão. Quem estiver acompanhando como espectador, tanto na sua soltura, como na sua captura, poderá ser responsabilizado, deverá ser responsabilizado se for capturada, se for detida pela polícia”, declarou. De acordo com dados da Polícia Militar Ambiental, em 2022, 129 balões foram apreendidos e 257 pessoas autuadas. Até a primeira quinzena de junho deste ano, 35 balões foram apreendidos e 27 pessoas autuadas. Mas a expectativa é de que até o fim do mês o número já apresente crescimento significativo. “De maio a outubro a gente tem uma situação de seca, uma quantidade menor de chuvas, um céu limpo, com vento e as pessoas tendem a soltar mais balões. Em junho a gente tem esse agravante das festas juninas”, explicou a tenente.
A legislação brasileira proíbe a fabricação, venda, transporte e a soltura de balões. A pena para este crime é de 1 a 3 anos de prisão ou multa de a partir de R$ 10 mil por unidade apreendida. “Essa pena pode chegar até o dobro dependendo por unidade, que são R$ 10 mil reais por unidade. E dependendo das circunstâncias, se for no final de semana, se for à noite, se atingir unidade de conservação, se a vegetação que for atingida tiver espécies ameaçadas”, destacou Luísa. Para combater a prática e conscientizar a população, a Secretaria da Segurança Pública implementa desde o começo de maio um cronograma contra a soltura de balões. O trabalho reforça a Operação SP Sem Fogo, que atua durante o período de estiagem para conter queimadas e incêndios.
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