Governo de SP assume despesas com capacitação para baratear contratações e impulsionar Jovem Aprendiz

Programa visa inserir até 60 mil estudantes, de 14 a 18 anos, no mercado de trabalho; ‘celeiro de empreendedores’, diz secretário da gestão Tarcísio

  • Por Alex Braga
  • 18/06/2023 11h10
Mônica Andrade / Governo do Estado de SP Guilherme Afif Domingues Secretário Extraordinário de Planejamento Estratégico, Guilherme Afif Domingues, no lançamento do novo Jovem Aprendiz Paulista

Lançado em abril deste ano, o Jovem Aprendiz Paulista é uma iniciativa do Governo do Estado que visa inserir e qualificar melhor os jovens de 14 a 18 anos para o mercado de trabalho. Coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, em parceria com a Secretaria de Projetos Estratégicos, o programa prevê investimentos de R$ 145,5 milhões por parte do Estado e a contratação de até 60 mil estudantes da rede pública de ensino, com idade entre 14 e 18 anos, por micro e pequenos empreendimentos. O diferencial desta versão, segundo o secretário Extraordinário de Planejamento Estratégico, Guilherme Afif Domingos, está no fato de o poder público estadual  assumir as despesas de capacitação técnica e pedagógica dos aprendizes. Com isso, diz, há condições para que as contratações sejam mais baratas para as micro e pequenas organizações. “Nesses mais de 20 anos de aprovação, o programa foi acolhido pelas grandes e médias empresas, que são apenas 2% do total, os outros 98%, formados por pequenas e micro, não foram obrigadas e nem incentivadas a aderir à iniciativa.  Consideramos esse programa um celeiro de formação de profissionais e empreendedores”, afirma com exclusividade para o site da Jovem Pan

O secretário ainda esclarece que a jornada dos aprendizes será de quatro dias de trabalho, com carga horária diária de quatro a seis horas, e um dia exclusivo para capacitação online. O jovem vai receber o equivalente do salário mínimo por hora, que no fim do mês pode somar cerca de 70% do valor. Para Afif Domingos, quando se investe na contratação por pequenas e médias empresas, que em sua maioria está fora dos principais eixos da cidade, existe a vantagem de fornecer trabalhos disponíveis nas mesmas regiões onde os adolescentes residem e estudam; pois, dessa forma, há, segundo ele, um fomento a economia local, reduz custos com transporte e tempo de deslocamento, além de ampliar a conexão entre os empreendedores e as comunidades que abrigam os micros e pequenos negócios. “O aprendiz tem registro na Carteira de Trabalho e ajuda o jovem a comprovar experiência no mercado de trabalho. estamos o inserindo e o capacitando para uma vida profissional, e assim, o afastando do tráfico de drogas”, conta.

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