Policiais preparam mobilização da segurança pública contra reforma administrativa

Categoria cobra pressa dos governos e pede prioridade na vacinação contra Covid-19

  • Por Jovem Pan
  • 22/03/2021 08h03 - Atualizado em 22/03/2021 15h37
Tânia Rêgo/Agência Brasil Policia Civil Segundo eles, não seria justo vacinar primeiro os professores da rede pública que estão em casa

Profissionais da Segurança Pública marcaram na tarde desta segunda-feira, 22, uma mobilização em todo o país. A promessa é que todos parem por uma hora, das 15h às 16h, e fiquem em frente a cada uma de suas unidades de trabalho. Na semana passada já houve uma carreata na Esplanada dos Ministérios, bem em frente ao Palácio do Planalto. A manifestação de hoje será promovida pela União dos Policiais do Brasil, que reúne mais de 20 entidades que buscam chamar atenção para o que eles classificam como retrocessos. Uma das grandes reclamações é com relação à chamada PEC emergencial, que cria gatilhos que permitem que os governadores suspendam concursos e reajustes. Existe reclamação também com a proposta de reforma administrativa que está no Congresso Nacional e muda regras para os novos servidores. Apesar da chiadeira dos sindicatos, a reforma, no entanto, é classificada como muito tímida até pelo próprio Ministério da Economia.

Os policiais que não pararam de trabalhar durante a pandemia cobram pressa do governo para vacinar a categoria. Na semana passada, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal também cobrou pressa do governo federal. Eles afirmam que não se trata de ter qualquer privilégio na fila de vacinação, mas alertar para a necessidade de vacinar os policiais. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Policiais Civis, André Luiz Gutierrez, também cobrou agilidade das autoridades do país. “Os policiais civis não estão trabalhando? Não, eles estão nas ruas, em contato. Morrendo mais de Covid-19 do que em confronto.”

A categoria ficou em sinal de alerta quando, na semana passada, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, esteve no ministério da Saúde para pedir ao novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, uma atenção especial para os professores. Os policiais defendem que sejam imunizados antes. Segundo eles, não seria justo vacinar primeiro os professores da rede pública que estão em casa e postergar a imunização dos policiais que estão nas ruas trabalhando normalmente.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin 

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