Pré-candidatos à presidência, Lula e Ciro se dizem ‘prontos’ para 2022
Em entrevistas a afiliadas da Jovem Pan, os políticos falaram sobre alianças para o pleito do próximo ano e abordaram temas como pandemia, economia e saúde
Os pré-candidatos à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT) afirmam que estão preparados para as eleições de 2022. Durante participação do programa Jogo do Poder, da Jovem Pan News Florianópolis, o pedetista foi questionado sobre ser a opção da chamada “terceira via”. Ciro disse considerar a expressão “preguiçosa” e afirmou ser uma “via moral” contra o atual presidente, Jair Bolsonaro, e o ex-presidente Lula. “Nós precisamos ponderar para as pessoas que uma eleição não é uma ocasião da gente destilar simpatias e ódios, claro que somos seres humanos, temos corações e sentimentos. Mas é preciso que a população tenha direito que as eleições se transformem em um grande e generoso debate sobre as causas, o que aconteceu com o Brasil.”
Ciro Gomes também comentou a possibilidade de junção com outras legendas, sobretudo as mais aliadas à direita, como o Democratas e o PSL. Tenho conversado com o Neto, fizemos aliança em 2020, foi vitoriosa em primeiro turno em Salvador, ganhamos as eleições em seis capitais brasileiras em que da esquerda está o PDT, a Rede da Marina, o Partido Verde e o Cidadania mais recente. Do outro lado, procuramos o PSD do Kassab e Rodrigo Pacheco e o DEM, do ACM Neto. Essa aliança, se eu puder é a que vou apresentar ao brasileiro uma saída”, completou.
Por sua vez, o ex-presidente Lula foi convidado do Jornal da Manhã, da Jovem Pan Sorocaba, onde fez críticas à política econômica atual. Para o petista, é preciso haver oferta de crédito, investimentos e distribuição de renda. “Primeiro você tem que ter uma expansão de crédito concomitante com uma expansão do crescimento econômico, com a geração de emprego e com a distribuição de renda”, disse o político, que também não poupando as críticas a Bolsonaro. Em relação à pandemia, Lula afirmou que a saúde vem sendo tratada com desprezo.
“Ele passou o tempo inteiro debochando, desacreditando, dizendo para as pessoas não usaram máscara, que as pessoas poderiam fazer aglomeração. Ou seja, contra tudo e contra todos. Ele não teve dó e nem piedade de nenhuma das pessoas que morreram, ele nunca foi fazer uma visita em um hospital, nunca foi fazer uma visita em lugar nenhum das pessoas que estavam morrendo”, acrescentou o ex-presidente, lembrando que o Sistema Único de Saúde (SUS) foi atacado por muito tempo, mas foi exemplo durante a pandemia.
*Com informações do repórter Fernando Martins
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