Preço dos medicamentos sobe 14,69% no 1º semestre de 2021, diz levantamento
Aumento do valor dos insumos tem sido fator de dificuldade para muitos hospitais do país, levando ao represamento de procedimentos cirúrgicos
As medicações hospitalares estão mais caras. O Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H) teve alta de 14,69% no primeiro semestre de 2021. O levantamento é da Fipe em parceria com a Bionexo, empresa de soluções digitais para gestão em saúde. Essa foi a segunda maior alta desde 2015, sendo inclusive muito superior à inflação oficial registrada, o IPCA, que fechou o semestre com alta de 3,77%. O cálculo do IPM-H é feito com medicamentos divididos em 13 grupos terapêuticos e os que mais tiveram alta incluem remédios utilizados em casos graves da Covid-19, como o propofol e midazolan, por exemplo. No geral, a pandemia tem afetado o mercado de medicamentos hospitalares, seja pela alta demanda dos sistemas de saúde ou pelo desabastecimento generalizado, assim como pelos efeitos cambiais, como explica o CEO da Bionexo, Rafael Barbosa. “Esse valor é um valor superior ao que foi observado ao longo do ano todo de 2020. Então isso reflete a demanda elevadíssima que tivemos no primeiro semestre sobre medicamentos, principalmente remédios ligados ao tratamento da Covid-19, e isso refletiu nos preços que os hospitais enfrentaram”, pontua. O aumento de preços dos insumos tem sido fator de dificuldade para muitos hospitais pelo país, ocasionando, inclusive, o represamento de procedimentos cirúrgicos.
*Com informações da repórter Carolina Abelin
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