Preço dos medicamentos sobe 14,69% no 1º semestre de 2021, diz levantamento

Aumento do valor dos insumos tem sido fator de dificuldade para muitos hospitais do país, levando ao represamento de procedimentos cirúrgicos

  • Por Jovem Pan
  • 14/07/2021 09h55 - Atualizado em 14/07/2021 20h27
Pixabay/Creative Commons pote de remédios aberto com comprimidos no chão O Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H) teve alta de 14,69% no primeiro semestre de 2021

As medicações hospitalares estão mais caras. O Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H) teve alta de 14,69% no primeiro semestre de 2021. O levantamento é da Fipe em parceria com a Bionexo, empresa de soluções digitais para gestão em saúde. Essa foi a segunda maior alta desde 2015, sendo inclusive muito superior à inflação oficial registrada, o IPCA, que fechou o semestre com alta de 3,77%. O cálculo do IPM-H é feito com medicamentos divididos em 13 grupos terapêuticos e os que mais tiveram alta incluem remédios utilizados em casos graves da Covid-19, como o propofol e midazolan, por exemplo. No geral, a pandemia tem afetado o mercado de medicamentos hospitalares, seja pela alta demanda dos sistemas de saúde ou pelo desabastecimento generalizado, assim como pelos efeitos cambiais, como explica o CEO da Bionexo, Rafael Barbosa. “Esse valor é um valor superior ao que foi observado ao longo do ano todo de 2020. Então isso reflete a demanda elevadíssima que tivemos no primeiro semestre sobre medicamentos, principalmente remédios ligados ao tratamento da Covid-19, e isso refletiu nos preços que os hospitais enfrentaram”, pontua. O aumento de preços dos insumos tem sido fator de dificuldade para muitos hospitais pelo país, ocasionando, inclusive, o represamento de procedimentos cirúrgicos.

*Com informações da repórter Carolina Abelin 

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