Prefeita de Bauru rebate crítica de Doria: ‘Não sou vassala’
Em coletiva nesta segunda-feira, o governador de São Paulo disse que Suellen Rosim ‘faz vassalagem ao presidente ao invés de proteger a saúde de seus habitantes’
A prefeita de Bauru, cidade do interior de São Paulo, rebateu as críticas feitas pelo governador João Doria de ser negacionista e “vassala” do presidente Jair Bolsonaro. Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 01, o governador citou Suellen Rosim ao lamentar a postura de autoridades que desrespeitam as determinações do Plano São Paulo. “Mas infelizmente existem poucos, como a prefeita de Bauru, que de forma negacionista faz vassalagem ao presidente ao invés de proteger a saúde de seus habitantes”, afirmou Doria. Com recorde de casos em janeiro, o município está com quase 89% das UTIs ocupadas. Mesmo assim, Rossim chegou a publicar um decreto em que autorizava a abertura de serviços não essenciais durante a Fase Vermelha.
Após a declaração, a prefeita do município pediu respeito ao governador e disse que o município cobra do Estado mais vagas em unidades de terapia intensiva. “Nunca neguei a Covid e o momento que estamos vivendo. Apenas, depois de um ano de pandemia, achei justo discutir o assunto com o nosso comércio local, que hoje Bauru depende do comércio local e de serviços. O que nós precisamos é que o Estado reconheça que precisa investir na região de Bauru. Não sou vassala, que significa aquela que obedece e recebe ordens, eu vou onde for necessário para ter verbas para o meu município. Estive em São Paulo, assim como estive em Brasília e fui recebida pelo presidente da República. Se precisar ir para a Lua atrás de verbas eu vou”, afirmou em vídeo.
Desde a semana passada, São Paulo vive uma das fases mais restritas da quarentena, mas isso pode mudar após uma ligeira melhora nos números da pandemia nos últimos 15 dias. As taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 67,9% na Grande São Paulo e 68,5% no Estado. Quando esse índice supera 70%, as regiões entram em alerta. A reclassificação do Plano São Paulo está marcada para a próxima sexta-feira, se a tendência de queda se mantiver, o governo de São Paulo pode retirar a fase vermelha durante a noite e aos finais de semana.
*Com informações das repórteres Nanny Cox e Nicole Fusco
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