Prefeitura do Rio diz que não há motivos no momento para restrições a Réveillon e Carnaval

Segundo secretário municipal de Saúde, se cenário piorar, decisão pode ser reavaliada; previsão é que a rede hoteleira atinja 98% da capacidade no final de 2021

  • Por Jovem Pan
  • 26/11/2021 08h09 - Atualizado em 30/11/2021 19h22
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Reprodução / Prefeitura do Rio de Janeiro O secretário de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz O secretário de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, conseguiu se eleger para deputado federal

O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, declarou à Jovem Pan nesta quinta-feira, 25, que não há neste momento, no cenário sanitário da cidade, razão para restrições a grandes eventos. Caso o cenário epidemiológico se deteriore, festas como Réveillon e Carnaval podem ser reavaliadas . O secretário lembrou que grandes eventos já vêm acontecendo há algumas semanas no Rio. Soranz aposta na cobertura vacinal da população carioca (cerca de 77% já estão com duas doses) e também nos melhores números do cenário epidemiológico: menos casos, menos óbitos, transmissão em queda. A nova onda da pandemia da Covid-19 na Europa também não assusta o secretário municipal de Saúde do Rio. Para ele, há uma diferença grande entre Europa e Rio de Janeiro. Segundo Soranz, os europeus fizeram uma abertura precoce, com baixa cobertura vacinal. Ele também afirmou que os europeus não apostaram no momento adequado para aplicação da dose de reforço da vacina e que o Rio fez tudo diferente. O secretário aponta que a cidade está entre as 40 que mais vacinaram em todo o planeta.

Diferentemente do secretário municipal de saúde Daniel Soranz, o pesquisador do observatório Covid da Fundação Oswaldo Cruz, Rafael Guimarães, acha muito arriscado fazer grandes festas como Réveillon e Carnaval com aglomerações, com a possibilidade de uma nova onda da pandemia. “A gente ainda tem três meses até o Carnaval, o que nos permite ter um certo fôlego para poder tomar decisões definitivas com um pouco mais de calma. Mas a gente considera que, hoje, assumir que é possível flexibilizar de forma irrestrita para o Réveillon é um equívoco, de forma que a gente precisa se proteger ainda um pouco mais e garantir um melhor cenário epidemiológico para que a gente possa adotar as medidas de flexibilização de forma correta, adequada e responsável”, disse o pesquisador. O setor hoteleiro do Rio de Janeiro está agitado com o retorno das grandes festas. A taxa de reserva de hotéis deve chegar a 98% e já há hotéis com capacidade esgotada para a festa de Réveillon. São aqueles que estão localizados na zona sul e também na zona oeste da capital. A Associação da Indústria de Hotéis espera que este seja o melhor Réveillon desde 2016, quando o Rio de Janeiro esteve em alta sediando os Jogos Olímpicos.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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