Jovem Pan
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Prefeitura se reúne com movimentos de moradia para inspecionar prédios

Moradores de prédio de 24 andares que desabou em frente ao Largo do Paissandu na tarde desta terça (1º)

A Prefeitura marcou uma reunião marcada para o fim da tarde desta quarta-feira (2) para inspecionar cerca de 70 prédios ocupados em São Paulo.

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“Desde ontem temos conversado com movimentos no sentido de hoje à tarde realizar essa reunião e discutir com eles a forma que nós vamos fazer a vistoria nesses edifícios para evitar acidentes como este, principalmente com relação à questão do incêndio”, disse o secretário Fernando Chucre, secretário municipal de Habitação da capital paulista, destacando que a maior parte das ocupações na cidade não possui proteção adequada contra o incêndio.

Chucre confirmou que o prédio que desabou após incêndio na madrugada desta terça (1º) no centro da capital estava cedido provisoriamente ao município desde setembro de 2017, embora pertencesse à União. “Nosso plano era utilizá-lo para algum tipo de equipamento público”, disse o secretário em entrevista exclusiva à Jovem Pan.

Segundo o secretário, a Prefeitura já tinha feito seis reuniões em 2018 com grupos pró-moradia que controlavam a ocupação do prédio que desabou “no intuito da remoção das famílias de forma amigável”. O principal responsável pela invasão do edifício no Largo do Paissandu era o Movimento de Luta Social por Moradia (MLSM).

Socorro às vítimas

Sobre o atendimento do Estado aos sem-teto que perderam sua moradia após o desabamento no centro, o secretário informou que “o Estado ofereceu logo nas primeiras horas o auxílio-aluguel de R$ 1200 no primeiro mês e R$ 400 a partir do segundo pelos próximos 12 meses”.

“É um auxílio provisório que não tem vínculo com o atendimento definitivo, que deve ser discutido nos próximos 30 dias, o prazo que o prefeito (Bruno Covas) deu para oferecer uma solução”, explicou.

Cobrança de “aluguel”

O secretário de Habitação confirmou que a maioria dos movimentos que ocupam prédios no centro de São Paulo cobra “aluguel” de seus integrantes, como ocorria no prédio deteriorado que desabou após o incêndio.

“A maior parte das entidades cobra um valor de ‘manutenção’ desses edifícios para reparos e manutenção”, disse Chucre. “Essa é uma situação bastante comum”, destacou o secretário, apontando que o Ministério Público investiga a cobrança.

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