Presidente da Caixa diz que ‘serão necessárias algumas semanas’ para poder sacar auxílio

Segundo o Ministério da Cidadania, dinheiro só poderá ser retirado a partir do dia 4 de maio; Pedro Guimarães afirmou que 38 milhões de brasileiros serão beneficiados

  • Por Jovem Pan
  • 06/04/2021 09h42 - Atualizado em 06/04/2021 10h22
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Marcelo Camargo/Agência Brasil Pedro Guimarães é o atual presidente da Caixa Econômica Federal Segundo Guimarães, com regras mais rígidas, 38 milhões de pessoas devem receber os valores pelos próximos quatro meses

A nova fase do auxílio emergencial começa a ser paga nesta terça-feira, 6, para beneficiários nascidos em janeiro e que não integram o Bolsa Família. Assim como na primeira etapa da ajuda, os pagamentos acontecem na conta digital da Caixa Econômica Federal e os valores podem ser usados pelo aplicativo Caixa Tem. A expectativa é que os saques em espécie aconteçam em algumas semanas, explica o presidente do banco, Pedro Guimarães. “Para sacar serão necessárias algumas semanas. Neste momento, o que estamos fazendo é o depósito nas contas digitais e as pessoas podem utilizar essas contas para pagar contas, fazer compras online e usar QR Code, mas elas não podem sacar. E por quê? Porque teríamos filas no Brasil inteiro. Mas é sempre assim no começo para que as pessoas entendam um pouco”, disse, indicando que os beneficiários não devem procurar as agências bancárias e aguardar os pagamentos, que acontecem, até o momento, em um “volume intenso”, mas com tranquilidade.

A expectativa inicial era beneficiar cerca de 44 milhões de brasileiros com os novos pagamentos assistenciais. No entanto, com regras mais rígidas, 38 milhões de pessoas devem receber os valores pelos próximos quatro meses, afirmou Pedro Guimarães. “Você tem aproximadamente 38 milhões de pessoas, sendo 10 milhões do Bolsa Família e outros 28 milhões que se enquadram nas regras relacionadas. A maior diferença é que, agora, a regra de três salários mínimos e o meio salário por membro da família são concomitantes. Antes era um ou outro. Então são  regras um pouco mais rígidas e que eventualmente serão ampliadas, mas é uma discussão que está acontecendo nesse momento.”

De acordo com ele, a diminuição se deve pela rigidez das regras, mas também pela exclusão de pessoas que não deveriam ter recebido o auxílio emergencial e de brasileiros que, nesse período, conseguiram voltar a trabalhar. “Em abril do ano passado tínhamos o Brasil parado”, disse. Pedro Guimarães ressaltou que a decisão sobre o número de beneficiários cabe ao Ministério da Economia e ao Congresso Nacional e reconheceu que há uma análise para eventualmente ampliar o número de brasileiros assistidos pela renda nesta nova etapa de pagamentos. Os valores do novo auxílio emergencial variam de R$ 150 a R$ 375, sendo o menor para pessoas sozinhas e o maior para mães chefes de família.

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