Presidente da CPI da Covid-19 nega que convocação de Pazuello seja confronto ao Exército

Omar Aziz deu a justificativa diretamente ao comandante da corporação, o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira: ‘Fiz isso para não haver desentendimento entre instituições’

  • Por Jovem Pan
  • 06/05/2021 06h50 - Atualizado em 06/05/2021 09h44
Marcelo Camargo/Agência Brasil Vestido com roupa militar, o general Eduardo Pazuello aparece sentado atrás de uma mesa, com uma bandeira do Brasil atrás dele Por sua vez, o senador Otto Alencar (PSD) questionou a versão de Eduardo Pazuello e sugeriu para que ele apresentasse testes para a Covid-19

O presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD), disse que a convocação do general Eduardo Pazuello para ser ouvido no colegiado não é uma forma de confrontar o Exército Brasileiro. O senador deu a justificativa diretamente ao comandante da corporação, o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. O ex-ministro da Saúde cancelou a ida dele ao Senado Federal depois de ter contato com dois oficiais que contraíram coronavírus. Omar Aziz deixou claro que não duvida da versão do general. “Era importante separar as coisas para que não se colocasse dúvida da participação do general Pazuello. Fiz isso como presidente da comissão, para que não haja nenhum desentendimento entre instituição, não é o Exército brasileiro que estaria aqui. O general Paulo Sérgio é conhecidamente um homem de respeito e de trabalho e eu, de forma nenhuma, duvidei do que ele me comunicou”, disse. Segundo o parlamentar, o ex-ministro sugeriu falar remotamente à comissão, mas a oitiva foi remarcada para o dia 19.

Por sua vez, o senador Otto Alencar (PSD) questionou a versão de Eduardo Pazuello e sugeriu que ele apresentasse testes. “Li várias matérias questionando isso, talvez e não fica bem para a instituição. Até confortável se ele pudesse trazer, sei que ele deve ter convivido com essas pessoas, por isso deixou de vir aqui, jamais ia duvidar da palavra do general do Exército. Mas é confortável”, afirmou. No início dos trabalhos desta quarta-feira, 5, senadores fizeram um minuto de silêncio em homenagem ao ator Paulo Gustavo, que faleceu em decorrência da infecção pela Covid-19.

Randolfe Rodrigues (Rede) destacou que a condução da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) deve ser voltada às vítimas da doença. “A memória agora de Paulo Gustavo e memória desses brasileiros, que o impacto que o Brasil tem nesse momento com a perda desse artista tão querido, que deixa um vazio enorme na alma brasileira, inspire os trabalhos dessa comissão de inquérito”, disse. A homenagem dos senadores a Paulo Gustavo foi feita antes da oitiva com o ex-ministro da saúde Nelson Teich. Nesta quinta-feira, 6, estão previstos os depoimentos do titular da Saúde, Marcelo Queiroga, e do presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres.

*Com informações da repórter Camila Yunes 

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