Presidente da Petrobras rebate ministro sobre política de gás: ‘Não adianta só berrar pelo jornal’

Na semana passada, o ministro de Minas e Energia disse que o comando da estatal trata a política do combustível com ‘negligência’

  • 23/06/2023 10h27 - Atualizado em 23/06/2023 10h43
ANDRÉ RIBEIRO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Jean Paul Prates, presidente da Petrobras,, durante Seminário Gás Brasileiro Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, rebate críticas do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, rebateu nesta quinta-feira, 22, as falas do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em relação à oferta de gás natural no país. Na última semana, o chefe da pasta disse que o comando da estatal trata a política do combustível com “negligência”, restringindo a oferta. Em entrevista após assinar um acordo de cooperação com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o presidente da Petrobras destacou que o país não tem reservas suficientes de gás natural para todas as demandas existentes. “A Petrobras não tem o menor interesse em sonegar gás da economia brasileira. A questão é o processo caber dentro do número de reservas”, iniciou Paul Prates. “A primeira conclusão a que se chega é que não tem nem condições de fazer fertilizantes no Brasil. Até tem, mas é preciso ‘cranear’ mais, não adianta só berrar pelo jornal, nem achar que um está rindo demais e o outro, fazendo careta. Adianta trabalhar junto, convergir e, principalmente, eleger prioridades. Governar é eleger prioridades. Se não tem gás para todos os segmentos, e há segmentos que podem ter combustíveis substitutos, como hidrogênio, energia solar e eólica, vamos trabalhar o mix, em vez de criar polêmica onde não existe”, acrescentou. O presidente da estatal ainda defendeu a reinjeção de gás natural nos campos de petróleo para retirar com eficiência o óleo das reservas em alto-mar exploradas pela Petrobras.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga.

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