Processo que visa cassar mandato de Moro é ‘ação de vingança do Podemos’, diz advogado

Segundo Gustavo Guedes, peça judicial é assinada pelo antigo partido do senador eleito em parceria com o PL

  • Por Jovem Pan
  • 27/01/2023 09h07 - Atualizado em 27/01/2023 10h37
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Reprodução/Jovem Pan News/Jornal da Manhã Advogado do senador eleito Sergio Moro, Gustavo Guedes Advogado do senador eleito Sergio Moro, Gustavo Guedes, em entrevista ao Jornal da Manhã

O Partido Liberal (PL), legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, pede a anulação do futuro mandato do senador eleito Sergio Moro (União). A sigla acusa o ex-juiz de Caixa 2, de tirar benefício eleitoral da pré-campanha à Presidência pelo Podemos. O PL alega que as acusações se assemelham àquelas que justificaram a cassação da ex-senadora Selma Arruda, conhecida como “Moro de saias”, em 2020.  Para falar sobre o assunto, o advogado do ex-juiz e ex-ministro, Gustavo Guedes, concedeu entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta sexta-feira, 27. Segundo ele, o processo que tenta cassar o mandato de senador de Moro é uma “ação de vingança do Podemos“, que estaria, de acordo com o advogado, financiando a peça judicial.

“Com todo o respeito, não há nenhum cabimento em se dizer que a campanha à Presidência de Moro teria sido construída apenas para ele ter visibilidade, que ele já tinha enquanto juiz da Lava Jato, com 10% das intenções de voto. Como se alguém fosse ser candidato à Presidência, alcançasse 10%, fosse o terceiro colocado na corrida presidencial e tudo isso teria sido apenas um artifício para se mostrar para o país, ganhar mídia, tentar ser candidato em São Paulo e, na realidade, ser candidato a senador do Paraná. Então, realmente, não fecha a linha de raciocínio. Essa é uma ação de vingança do Podemos. Desde a desfiliação de Moro houve troca de acusações dos dois lados. E quem se pauta por isso acaba sendo traído pelos fatos. Pela nossa experiência, essa ação não vai até o final”, argumentou Guedes.

Questionado sobre a semelhança do processo com outro que cassou a ex-senadora Selma Arruda, a defesa de Moro negou que a comparação possa ser feita. “Há uma tentativa de vincular um caso ao outro de forma midiática, para sugerir que as conclusões também sejam semelhantes. Eu tenho legitimidade de falar sobre isso muito bem porque eu fui advogado da ex-senadora Selma Arruda naquela ação. Portanto, conheço muito bem. E não há nenhuma identidade entre os dois processos. Essa ação do PL contra Sergio Moro eu ainda não conheço, porque o senador eleito ainda não foi citado, apesar das notícias na imprensa. O que nós sabemos é que o PL deu o nome, mas quem patrocina essa ação é o Podemos, ex-partido do Moro, ao qual ele se filiou inicialmente. Há uma união do PL e do Podemos na ação”, argumenta. “Eu acompanhei a pré-candidatura e a candidatura de Moro e posso afiançar o compromisso dele com a legalidade. E, sem dúvida nenhuma, não faria nada de ilegal. A vida dele, a bandeira dele, é pautada por isso. Temos absoluta tranquilidade de um resultado positivo”, afirmou.

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