Procura por imóveis de quatro ou mais dormitórios sobe 36% em São Paulo
Pesquisa considera dados da região metropolitana de fevereiro de 2020 até o mesmo período de 2021
Não demorou muito para Magda Petter Oliva perceber, ainda no início da pandemia, que o apartamento onde morava era muito pequeno para fazer isolamento social. A intérprete de libras vivia com as duas filhas, de 21 e 13 anos, e três animais de estimação em uma residência de dois dormitórios. Em junho de 2020, ela decidiu mudar: trocou o apartamento por uma casa de quatro dormitórios com quintal. Magda conta que a qualidade de vida, principalmente em um momento em que pouco se sai de casa, melhorou muito. “A gente realmente ficou muito em casa, no apartamento, e começou a ficar todos estressados, tanto os cachorros e gatos, como a gente. Todo mundo tem espaço para trabalhar, para estudar, pegar um Sol, ouvir uma música em um ambiente que o outro não vai interferir. Enquanto um está trabalhando no celular, o outro pode estar estudante uma música, vendo música, cozinhando, então a gente ficou com uma qualidade muito boa.”
De acordo com um levantamento do Imovelweb, a procura por imóveis como o de Magda, de quatro ou mais dormitórios, subiu 36% na Região Metropolitana de São Paulo na comparação entre fevereiro de 2020 e fevereiro de 2021. Já a busca por imóveis de três dormitórios aumentou 32%. Outra mudança do comportamento dos paulistas foi a localização: a procura por casas e apartamentos no litoral e no interior do estado de São Paulo também registrou alta, explica a gerente de marketing Angélica Quintela. “A gente vê um crescimento de buscas de imóveis no litoral de 43% e no interior um aumento de 42%. Antes as pessoas tinham preferência por morar mais próximo do escritório, então acabam escolhendo imóveis em regiões centrais, regiões comerciais. Com o home office, as pessoas têm essa liberdade de ir e vir com mais tranquilidade e têm a possibilidade de morar em uma região que tenha mais qualidade de vida”, disse. Os dados mostram que, em fevereiro de 2020, 61% das buscas eram por imóveis para locação e 39% para venda. Em 2021, houve uma mudança: agora 47% das buscas são por aluguel e 53% para venda.
*Com informações da repórter Beatriz Manfredini
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