‘Saída de Moro gera abalo no combate à corrupção’, afirma procurador Roberto Livianu
Roberto Livianu, procurador de Justiça e presidente do Instituto Não Aceito Corrupção, analisou, em entrevista ao Jornal da Manhã desta segunda-feira (27), a saída de Sergio Moro da pasta da Justiça e Segurança Pública.
De acordo com Livianu, Moro foi convidado para ser “superministro”, com carta branca, por todo “patrimônio moral, conhecimento e experiência de 22 anos como magistrado e na condução da Lava Jato”.
“É muito difícil encontrar alguém que reúna todos esses predicados no País, sua saída deixa gera um abalo no combate à corrupção”, completou.
O procurador acredita que Bolsonaro deve novamente dividir a pasta em duas e, agora, o foco está nas escolhas do presidente. Jorge Oliveira, o favorito, segundo Livianu, “é uma pessoa cortês, inteligente, apesar de não se aproximar a Moro quando falamos de representatividade de corrupção, atuou em poucos processos”.
Ele ainda apresentou ressaltas devido à proximidade de Oliveira – e de Alexandre Ramagem, que deve ser anunciado como novo comandante da PF – a Bolsonaro. “São duas pessoas sérias e honradas, mas questiono a escolha de amigos íntimos da família, não é um critério que coaduna com a Constituição, que tem os princípios de moralidade, legalidade e impessoalidade.”
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