Quem é Alexandre Ramagem, favorito para assumir comando da Polícia Federal

  • Por Jovem Pan
  • 25/04/2020 07h36
Marcos Oliveira/Agência Senado Alexandre Ramagem é delegado da PF desde 2005

Indicado para o lugar de Maurício Valeixo no comando da Polícia Federal, Alexandre Ramagem é delegado da PF desde 2005.

Com 47 anos, ele ganhou a confiança de Bolsonaro ao coordenar a segurança pessoal do agora presidente da república durante a campanha de 2018. Ramagem chegou a ser nomeado superintendente da Polícia Federal no Ceará em 2019, mas nunca assumiu o cargo.

Isso porque assumiu a direção-geral da Agência Brasileira de Inteligência em julho do ano passado, a convite do então ministro Santos Cruz.

Na ocasião, o delegado da Polícia Federal passou por sabatina no Senado antes de ter o nome aprovado por 64 votos a Três.

Aos senadores, Alexandre Ramagem disse que o papel da Abin é municiar o presidente de informações seguras para futuras decisões.

Na reunião, Ramagem foi questionado sobre o vazamento de conversas de autoridades pelo site The Intercept Brasil, entre elas o ex-juiz Sérgio Moro. Ele lamentou o episódio e admitiu o desafio de combater a ação de hackers.

Alexandre Ramagem ressaltou que a falta de recursos, sobretudo em tempos de crise econômica, dificultam a ação de órgãos de inteligência e controle.

Indagado sobre a escolha de um delegado da polícia federal para a direção da Abin, enalteceu o trabalho PF no combate à corrupção.

Ramagem também respondeu a questionamentos de dez senadores e de cerca de 50 cidadãos que enviaram perguntas pela internet.

O senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, aproveitou para elogiar o currículo do agora possível novo diretor da Polícia Federal.

Flavio Bolsonaro questionou Ramagem sobre a prisão de um militar brasileiro com cocaína num avião que fazia a escolta de Bolsonaro na Espanha.

Alexandre Ramagem lamentou o episódio e disse que situações como aquela não podem passar em branco.

Em 2017, Ramagem integrou a força tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. Ele também participou na coordenação de grandes eventos no país, como a Copa das Confederações, a Copa do Mundo e as Olimpíadas do Rio.

*Com informações Thybor Brogio

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