Procuradoria Eleitoral arquiva pedido para tornar Deltan Dallagnol inelegível 

A ação foi movida pela empresária Roberta Luchsinger (PSB), que também pretende concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo Paraná

  • Por Jovem Pan
  • 18/06/2022 08h46
HENRIQUE BARRETO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Deltan Dallagnol Deltan Dallagnol é ex-procurador da Lava Jato

A Procuradoria Regional Eleitoral no Paraná (PRE-PR) arquivou pedido para tornar Deltan Dallagnol (Podemos) inelegível – o ex-procurador da Lava Jato é pré-candidato à deputado federal pelo Paraná. A ação foi movida pela empresária Roberta Luchsinger (PSB), que também pretende concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo Estado. Ela argumentava que o adversário responde a processos disciplinares no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e, por isso, não poderia disputar as eleições de 2022 – a “quarentena” é de oito anos a partir do pedido de exoneração.

De acordo com a procuradora eleitoral Mônica Bora, que assina a decisão, o pedido foi arquivado porque as condições de elegibilidade só devem ser analisadas no momento do registro da candidatura. Assim, Deltan Dallagnol ainda corre o risco de não disputar as eleições de 2022. Em entrevista ao programa Jornal da Manhã, do Grupo Jovem Pan, na última sexta-feira, 17, o pré-candidato do Podemos demonstrou estar tranquilo quanto ao assunto e afirmou que o requerimento de Luchsinger não tinha fundamento. “Essa cidadã quer que a Justiça Eleitoral avalie meu processo não com base em processos disciplinares, como diz a lei, mas com base em reclamações disciplinares. Reclamações disciplinares acontecem quando qualquer cidadão não aprova uma decisão de um promotor e aciona a corregedoria, o conselho do Ministério Público, etc. Nós recebemos várias reclamações durante a Lava Jato, mas elas não se converteram em processos disciplinares porque não tinham fundamento”, declarou.

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