Produção da CoronaVac será 100% brasileira a partir de dezembro, diz Doria
Até o momento, o Instituto Butantan, que é responsável pela fabricação do imunizante, depende de matéria-prima importada da China para a produção dos compostos
O Instituto Butantan deve iniciar a produção 100% nacional da CoronaVac a partir de dezembro. Até o momento, a instituição depende de matéria-prima importada da China para a produção das doses. De acordo com o governador de São Paulo, João Doria, a obra da fábrica que permitirá a produção nacional da vacina será finalizada em outubro. “Em outubro, novembro e dezembro, a instalação dos equipamentos serão feitas e ainda em dezembro deste ano teremos a primeira dose da vacina do Butantan 100% produzida no Brasil. E a partir de janeiro em escala evolutiva para a produção industrial.”, disse. A declaração de Doria aconteceu nesta terça-feira, 23, durante evento na instituição. O governador acompanhou o carregamento dos caminhões com 1,2 milhão de doses do imunizante com destino ao Ministério da Saúde. Até o fim de agosto, o instituto vai entregar 100 milhões de doses ao governo federal, que já pediu um adicional de mais 30 milhões.
O governador João Doria disse que o pedido será atendido desde que uma cláusula de exclusividade seja retirada. “Havendo esta concordância de que essas doses adicionais não serão entregues com exclusividade para o Ministério da Saúde, elas serão entregues e serão atendidas exatamente no preço e nas condições iguais ao que tivemos anteriormente, excluindo esta exclusividade. O governo do Estado de São Paulo já determinou a compra de mais 20 milhões de doses da vacina do Butantan. Aliás, esse procedimento de São Paulo é o mesmo da maioria dos estados brasileiro. Tenho falado com governadores e todos governadores têm a mesma intenção, de comprar outras vacinas, seja vacina do Butantan, seja vacina AstraZeneca ou de outros laboratórios“, disse. O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, falou sobre a chegada de matéria prima para a produção de novas doses da vacina. Segundo ele, não há previsões de problemas de fluxos e uma nova remessa de insumos deve desembarcar no Brasil já na semana que vem.
*Com informações da repórter Beatriz Manfredini
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