Público celebra volta da Bienal, que traz mais de mil obras a São Paulo

Exposição vai estar disponível até o dia 5 de dezembro, todos os dias da semana, com entrada gratuita; é exigida a apresentação do ‘passaporte da vacina’

  • Por Jovem Pan
  • 05/09/2021 11h15 - Atualizado em 05/09/2021 13h30
Reprodução/Pedro Ivo Trasferetti/Bienal de São Paulo Bienal de São Paulo Edição de 2020 foi adiada em virtude da pandemia do coronavírus

A professora de inglês Denise Rodrigues não via a hora de desbravar as obras da Bienal. “Eu estava com uma expectativa muito grande para abrir a Bienal. Sempre que eu passava por aqui, eu perguntava, e eles sempre falavam para mim: ‘Setembro’. E abriu mesmo”, comemorou. Inicialmente prevista para 2020, a edição da Bienal foi adiada por causa da pandemia do coronavírus. A curadora da mostra, Carla Zaccagnini, explica que a Bienal tem como tema deste ano a frase: “Faz escuro mas eu canto”. “É um verso do poeta amazonense Thiago de Mello, publicado 1965, que nos fala da necessidade arte, da cultura, da poesia, em momentos difíceis. Uma pergunta que fizemos ao longo desses anos de trabalho foi justamente: ‘Quais são as questões, quais são as vozes que não podem ser caladas em um momento como esse?”, diz Carla.

São mais de 1.100 trabalhos de 91 artistas de todos os continentes e do Brasil. A exposição tem quadros, fotografias, roupas, instalações e até objetos feitos em papel machê em estrutura de arame. Esta será a Bienal com a maior representatividade de artistas indígenas de todas as edições, com 9 participantes de povos originários de diferentes partes do globo. As visitas não precisam ser agendadas, mas o uso de máscara é obrigatório, além da apresentação de um comprovante de vacinação, com pelo menos a primeira dose contra a Covid-19. A jornalista Rafaella Mello disse que veio preparada para a visita. “Aquela sensação da gente poder voltar aos poucos, poder mostrar o cartão de vacina, sentir uma segurança de ver a arte e está bastante ansiosa para vir”, relatou.

O público pode escolher por visitas livres ou temáticas que acontecem em horários fixos. Elas podem ser em inglês, espanhol, com interpretação em libras, especificas para crianças ou com profissionais de diferentes áreas. O historiador Pedro da Silveira estava ansioso para conhecer a mostra. “É uma felicidade ver a Bienal aberta. Acho que é um símbolo da reabertura em São Paulo com segurança e as pessoas com precaução. É muito ver o cenário das artes voltando com tudo, é uma mostra internacional que é muito importante”, afirmou. Para atender o público, o pavilhão conta com restaurantes e um café. A exposição vai estar disponível até o dia 5 de dezembro, todos os dias da semana. E o melhor de tudo isso é que a entrada é gratuita.

*Com informações da repórter Caterina Achutti

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