Qualquer CPI corre o risco de ter uma politização excessiva, diz Alessandro Vieira
De acordo com o senador, cabe responsabilidade aos parlamentares para evitar a situação
O senador Alessandro Vieira considera que mesmo com a pandemia, o atual momento é oportuno para a instalação da CPI da Covid-19. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta quarta-feira, 14, ele defendeu a necessidade da comissão. “A fiscalização que vemos fazendo através da Comissão da Covid-19 se mostra insuficiente, faltam informações. É preciso corrigir erros que estão nas três esfera da Federação. Seria um equívoco fazer CPI apenas focada no governo federal e isso foi corrigido”, disse, reconhecendo, no entanto, a possível politização do tema. “Estamos em um bom caminho, é um risco sempre em qualquer CPI ter uma excessiva politização, mas é onde entre responsabilidade de cada senador e a fiscalização da sociedade. Temos condições, vamos fazer um bom trabalho”, completou.
O parlamentar, indicado para compor o grupo de trabalhos, foi um dos responsáveis pelo pedido para instalação do colegiado, que deve investigar a atuação do governo federal durante a pandemia de Covid-19 e os repasses a Estados e municípios. A expectativa, segundo o líder do Cidadania no Senado, é que finalize a indicação dos membros pelas bancadas ainda nesta quarta-feira, abrindo possibilidade para o início do processo de apuração. “Imensa maioria dos senadores manifestaram que é necessário ter CPI que apure eventuais falhas do governo federal e também acompanhe os desdobramentos dos repasses de recursos do governo federal ao Estados e municípios. É muito importante não ter uma CPI capenga, que apure apenas um lado da história”
Para ele, o início do colegiado representa a correção de uma sequência de erros. “Rodrigo Pacheco corrigiu uma sequência de erros. Uma CPI que preenche os requisitos constitucionais deve ser instalada. Não existe nenhuma possibilidade de juízo de valor, oportunidade, de conveniência por parte do presidente ou de quem quer que seja”, afirmou, ressaltando que embora tenha uma formação jurídica sólida, o presidente do Senado errou ao interpretar o “alcance do seu poder”. “Parece que aquela cadeia tem algum encanto que ao senador sentar se imagina maior que colegiado e Constituição. Esse erro tinha que ser corrigido, foi corrigido com provocação nossa ao Supremo.”
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