Reajuste é uma forma de valorizar a nossa tropa, afirma novo comandante-geral da PM

Reprodução/Facebook "Existem várias formas de valorização e o reajuste é uma forma fulcral e que a nossa tropa precisa", afirmou o novo chefe da PM de São Paulo

Ex-chefe do Comando de Policiamento de Área Metropolitano-5 (CPA/M-5), responsável pelo policiamento da zona oeste da capital, o coronel Marcelo Vieira Salles foi empossado na última sexta-feira (4) como novo comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, em ato que representou a primeira mudança do governador Márcio França (PSB) na cúpula da Segurança Pública.

Em entrevista exclusiva para a Jovem Pan, Vieira Salles falou sobre os desafios que irá enfrentar no novo cargo, a tentativa de melhorar a imagem da PM junto aos cidadãos e a valorização dos integrantes da tropa, principalmente no quesito remuneração.

“Acredito, e defendo, que a PM precisa de reajuste. É uma das grandes ferramentas de valorização dessa tropa. É lógico, existe uma vedação eleitoral, mas isso não implica que uma proposta não possa ser feita e que nós adotemos a nossa posição. O comandante-geral fala pela PM, o governador já sabe disso, mas existem outras formas de tratar desse ponto. Ontem, o governador anunciou a nomeação de 98 médicos dentistas e veterinários para a PM. Isso já é uma forma de valorização, pois já tínhamos um concurso pronto e aprovado, só faltava a nomeação. Isso melhora muito o nosso atendimento. Ou seja, existem várias formas de valorização e o reajuste é uma forma fulcral e que a nossa tropa precisa. Com um detalhe: quando vier, que venha de maneira nivelada. Todos devem ter o mesmo aumento. Então, entendo, sim, que é necessária uma avaliação no tocante a remuneração”, afirmou o coronel.

Sobre as expectativas para o cargo, ele apontou que seu trabalho será pautado em duas vertentes: a qualidade da prestação de serviço para a população e a observância das leis.

“O desafio é grande. A PM possui, por vocação, servir e proteger. Então, é tentar, com acompanhamento, instrução e trabalho, acentuar esse serviço que a PM já faz de servir e proteger, e evidenciar, investir e ter todo o foco naquele policial que vai dar atendimento as pessoas. Segundo, é a observância total da lei. Nós, que somos policiais, temos como princípio a observância total das leis. Como comandante-geral, tenho que observar todos os princípios da administração, de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”, apontou.

Por fim, Vieira Salles analisou um tema bastante sensível: a imagem da PM. Para ele, apenas um trabalho com transparência pode fazer com que a população tenho uma aproximação maior da corporação, o que melhoraria o serviço prestado.

“Temos como ação a prestação de serviço. Então, até por dignidade constitucional, a nossa responsabilidade é a preservação da ordem pública. Nós somos cumpridores dessa prescrição constitucional. Com relação a alguma restrição que segmentos possuem com relação a instituição, eu digo o seguinte: quem conhece a polícia, passa a vê-la de outra forma. Eu acredito na transparência, acredito nesse contato com as pessoas e as instituições. Quando a gente ouve esses segmentos, ouve a tropa, acabamos melhorando o nosso serviço”, finalizou.