Reeleito em São Bernardo, Orlando Morando fala em ‘rejeição absoluta’ da esquerda nas eleições

O tucano avalia o cenário político em São Paulo, projetando vitória de Bruno Covas no próximo domingo

  • Por Jovem Pan
  • 24/11/2020 09h14 - Atualizado em 24/11/2020 09h40
Reprodução Na avaliação de Orlando Morando, o resultado nas urnas em 2020 é fruto do "péssimo" governo da esquerda nas cidades brasileiras

O prefeito reeleito na cidade de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), avalia que as eleições municipais mostraram que a população prefere líderes políticos do Centro, impondo uma “derrota” da esquerda no pleito 2020. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, o tucano falou sobre a composição da Câmara Municipal da cidade e sobre os desafios para os próximos anos de mandato. “Obtive mais de 67% dos votos válidos, o que dá uma legitimidade muito grande ao nosso mandato, além de ter a maior composição na Câmara Municipal. Dos 28 vereadores na minha coligação foram eleitos 24. O PT elegeu apenas 4 vereadores, é o menor número histórico de vereadores. Isso deixa claro que a população de São Bernardo, como da maioria das cidades, tem uma rejeição absoluta com a esquerda, com o Partido dos Trabalhadores e com as demais legendas ligadas ao PT também. Fui o único candidato do Centro, os demais ou ou tinham ligações históricas com o PT ou eram partidos da esquerda”, comenta.

Na avaliação de Orlando Morando, o resultado nas urnas em 2020 é fruto do “péssimo” governo da esquerda e mostra que a população busca, na prática, a concretização das propostas. “A esquerda tem ido muito mal e acredito que vai mal porque onde eles governaram foram péssimos. Aqui a população teve a oportunidade de fazer uma comparação entre os meus quatro anos e os oitos anos do ex-prefeito, teve a oportunidade clara de observar que é um governo de realização e não de discurso. Na prática, está muito claro que a esquerda tem tido um desempenho, principalmente na região metropolitana, muito mal. Eles já tinham ido mal em 2016 e repetiram, foram péssimos agora”, afirma. São Bernardo do Campo é um município tradicionalmente petista, tendo entre 2009 e 2016, Luiz Marinho, do Partido dos Trabalhadores, como prefeito. Antes dele, William Dib (PSB) foi o chefe do Executivo Municipal.

“Então está muito claro população prefere mais ao Centro e também não tem escolhido a direita radical. Eu tive um candidato da direita e teve um péssimo resultado, menos de 5% [dos votos]. As pessoas querem equilíbrio neste momento”, ponta. Orlando Morando acredita, inclusive, que em São Paulo, que passa pelo 2º turno das eleições municipais neste domingo, 29, a esquerda será novamente derrotada. Para ele, não há dúvidas que Bruno Covas, também do PSDB, é o candidato “melhor preparado”. “A esquerda foi derrotada. A última [derrota] será na capital paulista. A população não vai ter coragem de entrar em uma aventura. Eu conheci muito bem, como prefeito, o adversário do Bruno. A única coisa que ele [Guilherme Boulos] sabe fazer é invadir, tanto que fez uma invasão em São Bernardo, trouxe o Caetano Veloso para cantar e eu não deixei cantar até pelo risco.”

Ao ser questionado sobre os primeiros quatro anos de gestão e os desafios para 20201, Morando enumera, entre as principais ações adotadas, a eliminação de frota oficial de veículos, o fim de 346 cargos comissionados e de telefones corporativos que somavam R$ 5 milhões de gastos por ano. Segundo ele, foram as ações adotadas que possibilitaram cortar “R$ 100 milhões de desperdícios” em 100 dias que “permitiram entregar obras abandonas pela gestão passada”. “O que o prefeito não pode é ficar lembrando de cabo eleitoral, porque se fizer isso ele governa para o cabos e esquece a sociedade. É o que a esquerda faz, primeiro governa para o partido e depois para a sociedade. Tínhamos três viadutos abandonados, obras de habitação, parques, esse superávit que criei foi o que deu a estabilidade financeira para a gente fazer a gestão, gerar forte economia, e agora, devido a pandemia, faremos um novo ajuste administrativo bastante intenso. A prefeitura precisa ter capacidade de investimento e esse ajuste administrativo que faremos é mais uma peneira dura nos gastos, que já foi feito, mas devido a pandemia teremos que sacrificar algumas áreas.”

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