Reino Unido pode endurecer ainda mais medidas contra novo coronavírus

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 30/03/2020 09h13 - Atualizado em 30/03/2020 09h25
EFE Os números de mortes por coronavírus seguem dobrando a cada três ou quatro dias, mas ainda não se sabe se este é o pico de contaminações

O Reino Unido completa nesta segunda-feira (30) uma semana de confinamento obrigatório na tentativa de combater o coronavírus. O esforço, no entanto, está apenas no começo e o próprio governo britânico indica que as medidas de restrição devem ser endurecidas.

Países como Espanha, Itália e França, por exemplo, têm regras de circulação mais rígidas que as do Reino Unido.

No domingo (29), a chefe da equipe médica do governo de Londres, Jenny Harries, reconheceu que a vida no Reino Unido ainda vai levar bastante tempo para voltar ao normal. Na prática, o confinamento pode continuar implementado de alguma forma no país pelos próximos seis meses — ou até mais que isso.

Harries disse que provavelmente o governo terá que fazer uma revisão das medidas de distanciamento social a cada três semanas. A depender da situação, ou seja, do total de casos e como o vírus está se comportando, as regras podem ser relaxadas ou endurecidas.

Não significa que o confinamento total vai durar seis meses ou não — mas o governo indica que as restrições vieram pra ficar um bom tempo.

Os números de mortes por coronavírus seguem dobrando a cada três ou quatro dias, mas ainda não se sabe se este é o pico de contaminações e vítimas. Provavelmente, não. A cada dia novas restrições vem ocorrendo no dia a dia da Grã Bretanha, com ou sem anúncios do governo.

Os supermercados, por exemplo, começaram a restringir a entrada de pessoas nos últimos dias, como já vinha acontecendo na Europa. Os seguranças controlam quantas pessoas estão no supermercado ao mesmo tempo para evitar aglomerações. A instrução é para que se mantenha dois metros de distância da outra pessoa dentro da loja.

Enquanto isso, outros segmentos da economia continuam sofrendo com as paralisações em massa. Uma das principais companhias aéreas da Europa, a britânica EasyJet, anunciou que 100% de sua frota está agora no chão.

A empresa de viagens low cost tem 331 aviões que operam em mais de mil rotas — todas canceladas por conta do coronavírus. Os funcionários da EasyJet foram dispensados e agora vão receber 80% dos salários com teto de R$ 2,5 mil libras dentro do esquema anunciado pelo governo britânico.

Outras companhias áreas do país também já paralisaram suas rotas e avisam que sem ajuda do governo diversas empresas vão desaparecer.

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