Relator da reforma do Imposto de Renda no Senado descarta votação ainda em 2021

Angelo Coronel defende que projeto seja analisado e votado com calma para que o empresário brasileiro não seja prejudicado no futuro

  • Por Jovem Pan
  • 14/10/2021 06h34 - Atualizado em 14/10/2021 12h34
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Jefferson Rudy/Agência Senado Angelo Coronel Segundo o senador Angelo Coronel, relator da Reforma do IR, nenhuma reforma deve ser aprovada mais em 2021

O relator da Reforma do Imposto de Renda, o senador Angelo Coronel (PSD-BA), descartou a votação e aprovação do projeto ainda em 2021. Segundo ele, as pressões do ministro da economia, Paulo Guedes, para que a proposta ande com mais celeridade no Congresso não devem ter grande impacto, para não causar problemas futuros ao empresariado brasileiro. Segundo o senador, o projeto do IR aumenta a carga tributária e não atende a ninguém do setor produtivo. “São muitas reformas, se me perguntar qual sairá neste ano, eu respondo francamente: nenhuma. Eu não vejo como votar nesse afogadilho, nesse açodamento, reformas tão importantes para o país”, afirma. “Quem quer fazer programa eleitoreiro, programa populista, não tem que fazer em cima do empresariado brasileiro, aí não dá. Tão forçando, me pressionando para entregar o projeto coma tributação de dividendos como veio da Câmara, para poder fazer frente ao tal do Renda Brasil“, disse o relator da reforma.

Angelo Coronel participou do debate Incorpora, da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias. O presidente da Abrainc, Luiz França, também aproveitou para criticar o projeto do Imposto de Renda. “Se a gente desincentivar, por exemplo, o segmento de incorporação, nós estamos pedindo simplesmente que desempreguem, que não ajudem o Brasil a crescer. Ajudar o país a crescer agora é justamente empregar. E, num país com um déficit habitacional de 7,8 milhões de moradias, além de precisarmos de outras 11,5 milhões de moradias nos próximos anos, vamos jogar fora uma grande fonte de renda, pois somos grandes arrecadadores e empregadores”, pontuou. O setor imobiliário conseguiu manter bom desempenho apesar da pandemia, mas a alta da Selic irá impactar nos financiamentos habitacionais, além da elevação do IOF, em prestações mais altas aos consumidores, num momento de perda de renda salarial com inflação na casa de dois dígitos.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

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