Relatório da ONU aponta casos de violação sexual pelas forças de segurança no Chile

  • Por Jovem Pan
  • 14/12/2019 08h11
EFE Protestos Chile

A Organização das Nações Unidas (ONU) denunciou casos de tortura e violação sexual por parte das forças de segurança do Chile durante os protestos. O alto comissariado da ONU para os direitos humanos, escritório liderado por Michelle Bachelet, realizou entrevistas com 235 vítimas e 60 agentes de segurança.

No relatório, divulgado nesta sexta-feira (13), foram relatados pelos manifestantes detidos casos de estupros, ameaças, tratamentos degradantes e lesões em órgãos sexuais.

Ao longo das manifestações, que tiveram início em 18 de outubro, 28.210 pessoas foram detidas pela polícia. Segundo o relatório, 24 casos de violência sexual foram denunciados, sendo 14 contra mulheres, seis contra homens, três contra meninas adolescentes e um contra um garoto adolescente.

De acordo com a nota, emitida pela ONU, as violações incluem o uso excessivo e desnecessário da força, causando mortes e ferimentos ilícitos.

O governo do presidente Sebastian Piñera se manifestou sobre a divulgação do relatório. Em nota, a presidência lamentou o elevado número de denúncias de abusos policiais e pontuou que os atos aconteceram em um contexto de violência e protestos intensos. Após a avaliação, a ONU propôs algumas orientações para o Chile.

Uma delas é que o País cesse o uso indiscriminado de armas e um mecanismo de acompanhamento para avaliar durante três meses a implementação das recomendações feitas.

* Com informações da repórter Camila Yunes

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