Sá Leitão: Retomada cultural pós-pandemia será lenta, mas é necessária
Segundo o secretário de SP, o setor só retomará o patamar de PIB anterior em 2022
A retomada das atividades culturais em São Paulo já tem data estimada para acontecer. De acordo com anúncio da gestão João Doria, a reabertura de cinemas, teatros, museus e outros espaços culturais deve ocorrer a partir do dia 27 de julho. Em entrevista ao Jornal da Manhã neste sábado (4), o secretário de Cultura do estado, Sérgio Sá Leitão, afirmou que, embora a retomada seja lenta, ela é necessária.
Sá Leitão afirmou que o retorno dessas atividades já estava em discussão pelo Centro de Contingência da Covid-19 há dois meses. Entre consultorias, aprofundamentos em experiências internacionais e diálogo com as instituições e empresas culturais, foi possível antecipar a retomada para a Fase 3 – Amarela do estado. Inicialmente, o retorno estava determinado para ocorrer apenas na Fase 4 – Verde, ou seja, a última do Plano São Paulo.
O secretário disse que a antecipação foi um “alento” para o setor cultural, que pode agora, de maneira adequada, “planejar a retomada segura das atividades”, considerando os protocolos e exigências sanitárias estabelecidas. Sá Leitão lembrou ainda que a cultura foi um dos setores mais afetados pela pandemia, citando um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), feito a pedido do governo, que demonstra uma recuperação lenta e progressiva. “O setor só retomará o mesmo patamar de PIB que tinha antes da pandemia em 2022”, ressaltou.
Para finalizar, disse entender o receio da população em retornar aos espaços. Ele destacou, no entanto, que os locais adotarão medidas de sanitárias e lembrou que apenas a capital paulista e a Grande São Paulo poderão reabrir as atividades culturais a partir de 27 de julho. “Os indicadores demonstram que as taxas de contágio estão em queda, então essas regiões poderão reabrir.”
“É importante dizer que todas as medidas serão aplicadas, portanto esses ambientes serão seguros para receber o público. Acredito que aos poucos as pessoas irão se acostumar com a retomada e, com os protocolos adotados, se sentirão mais seguras. Será um processo e uma retomada lenta, mas que precisa e que pode começar a acontecer.”
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