Ricardo Nunes e Guilherme Boulos trocam farpas de olho nas eleições de 2024

Com acusações de ambos os lados, os dois principais candidatos da disputa municipal na capital paulista promoveram eventos no último final de semana

  • Por Jovem Pan
  • 13/11/2023 09h57
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Reprodução/Jovem Pan News guilherme-boulos-ricardo-nunes-eleiçoces-2024-reproducao-jovem-pan-news Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) em eventos no último final de semana

Antes mesmo da campanha de 2024, o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o pré-candidato e deputado federal, Guilherme Boulos (PSOL), intensificaram suas agendas políticas no último final de semana. Nunes se reuniu com movimentos por moradia e anunciou uma nova modalidade para o programa Pode Entrar Entidades. Se trata de uma nova categoria para atender associações que compram terrenos para fazer loteamento de interesse social. “Associados se cotizam e compram uma grande leva de terra, sem invasão. Adquirem a terra, faz o loteamento e nos pedem que sejamos ágeis na questão da regularização desses loteamentos e possa entrar com  infraestrutura”, explicou o prefeito em entrevista à Jovem Pan News. Nunes ainda afirmou que a pauta das moradias populares não é dominada por seu adversário nas eleições do ano que vem, Guilherme Boulos: “As pessoas vão perceber qual a diferença de quem respeita a lei e segue a ordem e de quem faz essas ações, como a que a gente tem comprovadamente em um caso muito concreto a invasão de Guilherme Boulos chamada Nova Palestina, em 2013, há dez anos atrás. Veja como está lá hoje depois de dez anos”.

O pré-candidato do PSOL cumpriu agenda na zona oeste da capital paulista, no evento “Salve São Paulo”, onde declarou que o Governo Federal abriu um edital com cerca de R$ 4 bilhões para regularização fundiária, mas que a Prefeitura, sob gestão de Nunes, não teria enviado a lista de comunidades que poderiam ser beneficiadas pela iniciativa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “R$ 4 bilhões de reais do PAC só para fazer urbanização e regularização fundiária, só para isso. A Prefeitura não precisava fazer nada, bastava ir ao computador e dizer que na cidade tem tais comunidades que precisam de regularização (…) A gente foi lá, procurou a Prefeitura, procurou o secretário nacional de periferias, com uma lista de mais de cem comunidades para ter urbanização e regularização fundiária. O prazo para a Prefeitura mandar terminou ontem. Sabe quantas ela mandou para a regularização fundiária? Nenhuma”, afirmou Boulos.

Em entrevista à Jovem Pan News, o deputado ainda criticou a atuação de Nunes durante o apagão em São Paulo na semana passada: “Não dá para a cidade mais rica do Brasil e da América Latina conviver com um governo sem comando, com tanto descaso nas periferias como a gente viu agora no apagão, em que a Prefeitura não só não fez a sua parte, com a poda e manejo de árvores, como o prefeito ainda ficou em camarote de Fórmula 1 e ainda falou em criar taxa. Não é isso o que a gente quer para São Paulo.

*Com informações do repórter Álvaro Nocera

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