Ronnie Lessa é alvo da PF em operação contra tráfico internacional de armas

Investigação também apontou que o policial da reserva importava de forma ilegal peças para armamentos da Ásia e da Oceania

  • Por Jovem Pan
  • 15/07/2022 10h28
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Reginaldo Pimenta/Estadão Conteúdo Homem de cabeça baixa O policial militar reformado, Ronnie Lessa (ao centro)

Agentes da Polícia Federal estiveram na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, para cumprir mandado expedido pela Justiça que acusa Ronnie Lessa de tráfico internacional de armas. O suspeito de ser o responsável pela morte da vereadora Marielle Franco teria enviado pelo menos 10 remessas contendo diversas peças de armamento da Flórida, nos Estados Unidos, para o Rio de Janeiro. A filha do miliciano, Mohana Lessa, foi indiciada pelo mesmo crime e suspeita que mandaram o material para o pai enquanto ela vivia no país norte-americano.

As peças eram utilizadas para a montagem de armas e posterior venda ao tráfico de drogas e grupos de extermínio que atuam no Rio de Janeiro. A investigação aponta que as remessas foram realizadas em 20 meses, no período entre 2017 e 2018, e pelo menos três delas contaram com a ajuda da filha de Ronnie Lessa, que residia nos Estados Unidos. A investigação também apontou que o policial da reserva importava de forma ilegal peças para armamentos da Ásia e da Oceania.

Lessa foi alvo de um mandado expedido pela Justiça do Rio de Janeiro no mês de junho e foi apontado como sócio de um dos maiores contraventores do Estado, Rogério Andrade. Os dois estavam montado uma rede de jogos de azar e casas de aposta ilegais na capital fluminense. O miliciano está preso desde 2019, acusado de participar diretamente do assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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