Rossieli Soares defende retomada das aulas ainda em 2020: ‘Mesmo que seja em novembro, precisa voltar’
Apesar das previsões para setembro, a Saúde ainda não bateu o martelo na data de retorno
O secretário da Educação do Estado de São Paulo, Rossieli Soares, acredita que as escolas estaduais precisam retornar às aulas presenciais ainda em 2020 — mas não falou em datas. De acordo com ele, apesar das previsões para setembro, apenas o Centro de Contingência da Covid-19 pode bater o martelo de quando é o momento de absoluta segurança para a retomada parcial e gradual. “Tendo segurança e condições sanitárias, é fundamental para o desenvolvimento das crianças. Por mais que exista um grande esforço nesse momento, nada substitui a aula presencial e o professor em sala. Se vai ser em setembro, isso ainda está sendo decidido. Mas que seja outubro, novembro. Precisa voltar.”
Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Rossieli Soares disse respeitar a decisão de alguns municípios da Grande São Paulo que já descartaram a retomada neste ano. Segundo ele, essa decisão é precipitada. “Assim como falamos em uma retomada em setembro, é cedo demais falar que não volta esse ano. A retomada presencial vale a pena nem que seja por poucos dias”, alegou. O Estado de São Paulo deixou à disposição das redes escolher a faixa etária que vai retornar às salas de aula primeiro — ma, provavelmente, vai trabalhar com rodízio e com foco no aluno com menos condições de acompanhar o EAD. Para o secretário, a pandemia está afetando ainda mais os com menos condições, mesmo que ele more em municípios maiores. “A maior diferença é que o estudante mais vulnerável tem menos acesso à educação mediada por tecnologia.”
Rossieli Soares destacou que é natural que as pessoas, tanto alunos quanto funcionários, tenham receios e medos porque já são cinco meses de quarentena. Mas ele reforçou que, na cidade de São Paulo, a trajetória já é melhor do que no resto do Estado. “Ainda requer cuidados, mas é a saída da pandemia”, alivou. Ele classificou como fundamental o treinamento dos professores e o detalhamento dos protocolos. Cada escola terá liberar para trazer limites além do Estado — podendo ou não ir mais devagar. “A gente acredita que essa volta precisa ser bem faseada, ainda que para isso seja mais lenta. E vamos encontrando os melhores caminhos na medida que for possível.”
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