Sachsida avalia que alta do PIB é resultado das medidas adotadas pelo governo
Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia aposta que a vacinação em massa contra a Covid-19 deve garantir a retomada a longo prazo
O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, ressaltou que a retomada econômica, confirmada nesta segunda-feira, é comandada pelos investimentos. Na manhã de hoje, o IBGE anunciou que o PIB do Brasil cresceu 1,2% no 1º trimestre do ano e a economia voltou ao patamar pré-pandemia da Covid-19. Sachsida avaliou que as políticas adotadas pelo governo federal deram resultado. “Temos que insistir no que está dando certo. Consolidar o lado fiscal da economia, aprovar as reformas pró-mercado, aumentar a produtividade da economia e vacinar em massa a população brasileira. Assim, estamos garantindo a retomada a longo prazo.”
Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, o secretário reafirmou a preocupação com os altos índices de desemprego e aumento da pobreza. “Eu já fui desempregado. Todo mundo sabe como é difícil e nós estamos trabalhando diuturnamente para corrigir esse problema. O ministro da Economia, Paulo Guedes, cobra pesadamente soluções para esse problema. Certeza que, em parceria com o Congresso Nacional, vamos modernizar legislações e aprimorar marcos legais que irão proporcionar a retomada do emprego. Isso nos aflige e está no nosso radar, vamos trabalhar muito para corrigir o mais rápido possível essa situação.”
Para Sachsida, o governo adotou uma política econômica correta ao finalizar o auxílio emergencial em 31 de dezembro porque isso mostra um compromisso com a consolidação fiscal. “E queda grande no consumo, decorrente do governo parar de dar estímulos, simplesmente não ocorreu. A economia já estava retomando sua trajetória e poderia seguir em frente sem auxílios governamentais. A política econômica adotada criou condições para que, assim que a pandemia aliviar, consigamos colocar o Brasil em trajetória de crescimento sustentável”, avalia. Neste primeiro trimestre, o consumo caiu 0,1% para as famílias e 0,8% para o governo.
O secretário explicou que existe uma falsa ideia de que, quando um país cai muito em um ano, no ano seguinte consegue recuperar rapidamente. De acordo com ele, há várias exemplos na literatura mostrando que quando existe uma queda abrupta, nunca mais volta para a trajetória anterior. Para ele, todos estão trabalhando duro para que a vacinação avance e isso espelhe na economia. “Chegou o momento, vamos todo mundo se vacinar. O Brasil está naquela famosa bifurcação: pode dar muito certo ou pode dar errado também. Existem riscos que não devem ser minimizados. Mais um pouquinho e nós vamos conseguir deixar para trás essa situação difícil.”
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