Santos Dumont será leiloado isoladamente, diz Tarcísio Gomes de Freitas

Inicialmente, concessão do aeroporto do Rio de Janeiro aconteceria em conjunto com os terminais de Uberlândia, Uberaba e Montes Claros, em Minas Gerais

  • Por Jovem Pan
  • 01/02/2022 06h44 - Atualizado em 01/02/2022 06h45
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Mister Shadow/Estadão Conteúdo Fluxo de passageiros diminuiu consideravelmente no Aeroporto Santos Dumont durante a pandemia de coronavírus A prefeitura e o governo do Rio de Janeiro temem que o crescimento do terminal gerem um impacto negativo na economia local

O Ministério da Infraestrutura decidiu mudar o rumo da concessão do Aeroporto Santos Dumont, que agora será leiloado isoladamente. O governo do Rio de Janeiro vinha pedindo ao governo federal para rever o modelo de concessão, que até então fazia parte do bloco que inclui os aeroportos de Uberlândia, Uberaba e Montes Claros, em Minas Gerais. O anúncio foi feito pelo ministro Tarcísio Gomes de Freitas junto com o presidente Jair Bolsonaro e o governador fluminense, Cláudio Castro. O era considerado a joia do bloco. A prefeitura e o governo do Rio de Janeiro temem que o crescimento do terminal gerem um impacto negativo na economia local, prejudiquem o fluxo de passageiros no Aeroporto Galeão e provoquem efeitos ambientais. O debate levou à criação de um grupo de trabalhos com cinco integrantes do ministério e cinco do governo estadual para discutir as mudanças.

“A primeira conclusão dos trabalhos é que o Santos Dumont irá a leilão isoladamente. A gente vai ter um bloco só com os aeroportos destinados à aviação executiva, Campo de Marte e Jacarepaguá, outro bloco com os aeroportos de Pará, Mato Grosso do Sul e Congonhas e o Santos Dumont irá isoladamente”, afirmou. A concessão, no entanto, é alvo de controvérsias. Na semana passada, a prefeitura do Rio de Janeiro entrou com uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) questionando o edital do certame. O Santos Dumont terá um aporte estimado em R$ 1,3 bilhão e o valor mínimo será de R$ 731 milhões.

O analista de aviação, Claudio Magnavita, avalia que o recuo atende às reivindicações de diversos setores. “O mais importante é preservar as conexões internacionais que estão operando no aeroporto do Galeão. O aeroporto internacional não vive sem voos domésticos. O Santos Dumont acabaria levando boa parte desse movimento em detrimento da operação internacional”, pontuou. Desde 2019, o Ministério da Infraestrutura realizou 34 leilões aeroportuários, que atraíram R$ 9,6 bilhões em investimentos privados.

*Com informações do repórter Daniel Lian

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