Saúde divulga cronograma de vacinas com redução de 31% na previsão de doses para maio

Na última semana, o Brasil superou a meta e chegou a vacinar 1,7 milhão de pessoas em um único dia

  • Por Jovem Pan
  • 26/04/2021 08h14 - Atualizado em 26/04/2021 10h17
REUTERS/Pilar Olivares/27/01/2021 mão segurando frasco de vacina com rótulo verde em primeiro plano O ministro Marcelo Queiroga explicou que estamos perto de atingir a meta de vacinar os maiores de 60 anos

O governo conta com a chegada, na próxima quinta-feira, 29, de um milhão de doses da Pfizer. Essa será a primeira remessa de um contrato de 100 milhões de doses da vacina firmado pelo governo federal com o laboratório norte-americano. No fim de semana, o ministério atualizou o cronograma de chegada de novas doses. Houve uma queda de 31% na previsão para o mês de maio por conta de problemas com a Covaxin, que é a vacina do laboratório indiano, e a indefinição em relação a vacina russa Sputnik V. Agora, em abril, a previsão é de que o total de vacinas chegue em 26,6 milhões.

Na última semana, o Brasil superou a meta e chegou a vacinar 1,7 milhão em um único dia. Em maio, quando deve começar a imunização da população com comorbidades, que são aquelas doenças que costumam tornar a Covid-19 ainda mais grave, o número de doses deverá chegar a quase 32,5 milhões — mantendo a previsão de imunizar todo o grupo prioritário até setembro. O ministro Marcelo Queiroga explicou que estamos perto de atingir a meta de vacinar os maiores de 60 anos e comemorou a sinalização de uma tendência de queda dos casos no país, o que acaba desafogando o sistema de saúde.

O ministro deve anunciar em breve um protocolo também para ajudar no tratamento da doença, mas nega que o objetivo seja incentivar, por exemplo, a utilização de medicamentos como a cloroquina. “Não é um protocolo para uso da fármaco A ou B. O tratamento da Covid-19 é muito mais amplo do que um único fármaco. E logo que a Conitec tiver uma posição, porque quem define isso não é o ministro, é uma comissão permanente de avaliação de tecnologias de saúde, prevista em lei, e que é ela que tem a prerrogativa de elaborar protocolos clínicos e diretrizes.”

O ministro desconversou quando perguntado sobre as ameaças do presidente Jair Bolsonaro de utilizar as forças armadas contra as medidas de isolamento defendidas por governadores e prefeitos — e afirmou que medidas mais restritivas não devem ser regra, mas exceção. “O Ministério da Saúde reage. O Ministério da Saúde age. É claro que, se usarmos as medidas não farmacológicas, nós nunca vamos chegar ao lockdown. Lockdown é fruto do fracasso de todas essas medidas. E é nesse sentido que o presidente da república se manifesta.” O ministro lembrou que, nesse momento que o número de mortes e casos ainda preocupa muito, é de fundamental importância continuar usando mascaras de proteção e manter o distanciamento social. Desde que assumiu a pasta, o ministro tem afirmado que não é hora de abandonar esses cuidados.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin 

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