‘Se voto for nominal, podemos vetar ampliação do fundo eleitoral’, diz deputado do Cidadania
Na última terça-feira o relator do Orçamento de 2020, Domingos Neto (PSD-CE), propôs ampliar o valor do fundo eleitoral, que conta com o dinheiro público para o financiamento de campanhas políticas, de R$ 2,5 bilhões para R$ 3,8 bilhões.
O debate dividiu o Congresso – que há anos tenta, em vez de aumentar, diminuir o valor. A justificativa de Domingos é expectativa de maior arrecadação em 2020 – que pode girar em torno de R$ 7 bilhões.
O deputado federal e líder do Cidadania na Câmara dos Deputados, Daniel Coelho, é um dos parlamentares que tenta barrar a ampliação. Em entrevista ao Jornal da Manhã, ele declarou acreditar que isso só será possível se a votação for nominal – e não simbólica.
“Se o aumento do fundo for para o voto nominal, há grande possibilidade de evitar esse aumento.”
Daniel exemplificou seu posicionamento citando a sessão desta terça-feira (3), no Congresso, em que estava em pauta a discussão sobre tirar o veto à propaganda eleitoral gratuita nas televisões e rádios.
“Para surpresa da maioria, o veto foi mantido. Esse ambiente que deseja sempre aumentar as benesses aos políticos e partidos foi derrotado em plenário. Se aconteceu ontem, é possível que aconteça com a votação do Orçamento.”
De acordo com o deputado, há sempre uma posição dos partidos – mas nem sempre os parlamentares a seguem. O Cidadania e o Novo são os únicos que, até agora, os líderes se opuseram ao aumento – e, juntos, eles somam 17 parlamentares.
“Precisamos ultrapassar o número de 30 parlamentares para conseguir pedir o voto nominal ao presidente do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre. Está aberto o diálogo com o PV e o Podemos para tentar bater essa quantidade mínima”, finaliza.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.