Secretário da Saúde do Maranhão prevê ‘pior cenário possível’ em mutações da Covid-19

Carlos Eduardo Lula alertou para risco de ‘terceira onda da doença’ com variantes resistentes à vacina

  • Por Jovem Pan
  • 17/02/2021 09h02
Tânia Rêgo/Agência Brasil vacina Em relação ao financiamento de leitos de UTI, o secretário afirmou que, no Maranhão, não há mais ajuda da pasta

O secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Eduardo Lula, que também é presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), acredita que somente a vacinação em massa — e feita rapidamente — é capaz de barrar a pandemia e suas variantes. Para ele, a terceira onda é uma preocupação porque o ritmo de imunização está lento e o vírus continua circulando — e isso pode gerar mutações resistentes à vacina. “Esse é o pior cenário possível. Por isso a vacinação é uma estratégia coletiva, não individual. Precisa ser logo, não dá para vacinar a conta-gotas”, explica.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Carlos Eduardo afirmou que o Brasil está vivendo as consequências de um não planejamento do segundo semestre do ano passado. “Apostamos em uma vacina só. Agora que tentamos comprar outras, perdemos lugar na fila. Temos oferta só para daqui alguns meses. O objetivo tem que ser destravar isso. A Pfizer fala que continua negociando com o governo federal e me parece mais prudente adquirir e ir vacinando o maior número possível, sem muita discussão. Desde que seja eficaz e segura, não importa se é russa, chinesa, americana.”

Em relação ao financiamento de leitos de UTI, o secretário afirmou que, no Maranhão, não há mais ajuda da pasta. Ele espera que alguma solução para isso seja proposta hoje, em reunião dos estados com o Ministério da Saúde. Carlos Eduardo Lula reafirmou que a negociação direta com laboratórios que produzem a vacina contra a Covid-19 tem sido feita, mas não está fácil. “Quando tentamos agora é sempre com perspectiva longe e poucas doses”, conta. O Estado do Maranhão deve receber mais cinco milhões de doses na próxima semana. A região enfrenta contrastes na adesão. De um lado, municípios já esgotaram seus estoques. Do outro, sobram doses e falta demanda por causa da resistência de parte da população indígena.

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