Sem definição, Saúde e governadores adiam reunião sobre vacinação

Segundo o ministro, a imunização contra a Covid-19 vai começar no ‘dia D e na hora H’ no Brasil

  • Por Jovem Pan
  • 12/01/2021 07h07 - Atualizado em 12/01/2021 07h13
  • BlueSky
Carolina Antunes/PR O ministro acredita que, assim que o governo tiver a liberação das doses, a campanha poderá começar em dois ou três dias

Sem uma data fechada para o início da vacinação contra a Covid-19, a reunião do Ministério da Saúde e dos governadores, que aconteceria nesta terça-feira, 12, foi adiada para a próxima semana. O chefe da pasta, Eduardo Pazuello, mantém a esperança da imunização contra a doença começar no dia 20, enquanto as autoridades estaduais trabalham com prazo maior para início da vacinação, com planejamento do dia 22 ao dia 27 deste mês. No entanto, o ministro da saúde, assim como o governador do Piauí, Wellington Dias, admite que sem, pelo menos, o registro emergencial da Anvisa fica difícil falar em datas. “não fazia sentido realizar uma agenda para remarcar outra. Era importante mesmo que pudéssemos adiar, dando condições de uma data, uma data que fazemos agenda e temos aquilo que é o mais esperado, data da vacinação. Dependemos dela para todo o cronograma do plano estratégico nacional de imunização”, afirmou. Enquanto isso, a agência reguladora informou nesta segunda-feira que o Instituto Butantan e a Fiocruz ainda devem apresentar alguns documentos necessários para análise.

Ainda nesta segunda-feira, Eduardo Pazuello esteve em Manaus. Ele lembrou que a vacinação será a mesma das outras campanhas. Por isso, o ministro acredita que, assim que o governo tiver a liberação das doses, a campanha poderá começar em dois ou três dias. “Todos os estados receberão simutâneamente as vacinas, no mesmo dia. A vacina vai começar no dia ‘D’, na hora H”, disse. Diante do pequeno número de doses que estarão disponíveis no Brasil, nesse primeiro momento, o ministro falou sobre a possibilidade, no caso da vacina da AstraZeneca, utilizar o imunizante em dose única. “Com duas doses você vai a 90 e tantos porcento, com uma dose vai a 71%. 71% talvez a gente entre para imunização em massa, é uma estratégia, para reduzir a pandemia.”

A ideia, no entanto, é vista com preocupação pelos especialistas como Ana Karolina Marinho da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia . De acordo com ela, nesse momento, o mais seguro é seguir o protocolo recomendado pelos laboratórios. “O ideal é vacinar com o que foi programa, com o que os estudos foram projetados. A eficácia que temos dos estudos são, justamente, relacionadas a duas doses da maioria das vacinas que nós temos”, diz. Eduardo Pazuello defendeu a necessidade do uso de máscara e durante todo o pronunciamento no Amazonas permaneceu com a proteção. Segundo ele, o objetivo era dar exemplo.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.