Senado adia votação de projeto que proíbe fechamento de escolas na pandemia

Proposta classifica a educação presencial como um serviço essencial e define que as atividades poderiam ser retomadas com rodízio turmas, distanciamento social e com possibilidade de um sistema híbrido

  • Por Jovem Pan
  • 11/06/2021 06h33 - Atualizado em 11/06/2021 09h12
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Caio Basilio/Futura Press/Estadão Conteúdo Quatro crianças sentadas na carteira escolar, uma distante da outra, assistem a uma aula em escola do Rio de Janeiro Alunos da rede primária foram severamente afetados pelo fechamento das escolas na pandemia

O Senado Federal adiou pela terceira vez a votação do projeto que classifica a educação presencial como um serviço essencial, o que proibiria o fechamento de escolas durante a pandemia. O projeto determina que Estados, municípios e a União devem decidir juntos as estratégias para o retorno às atividades presenciais, de acordo com as orientações sanitárias do Ministério da Saúde. Assim, em cada local seria definido um protocolo de volta às aulas. O relator, senador Marcos do Val (PODE) apresentou uma nova versão do parecer. A vacinação dos professores passa a ser condição obrigatória para o retorno às aulas. Ele reforça a necessidade de um planejamento. “Entendemos que a falta de planejamento, além de aumentar o sentimento de insegurança de toda a comunidade escolar, também potencializa os efeitos nefastos da pandemia sobre a educação. Defendemos que sejam estabelecidos critérios claros para determinar as medidas a serem todas em cada cenário, a depender o grau de criticidade da pandemia, colocando a educação entre as atividades prioritárias.”

O texto ainda define que as aulas poderiam ser retomadas com rodízio de horários entre turmas e distanciamento social, com possibilidade de um sistema híbrido, com atividades presenciais e remotas. Pais de alunos entre quatro e 17 anos de idade podem optar por não encaminhar os filhos à escola. A pedido do senador Flávio Arns (PODE), a Casa vai ser realizada uma nova sessão de debates sobre a proposta. Ele destaca a resistência em torno do tema. “Houve praticamente uma convergência no sentido de que a lei não é necessária. Nós temos protocolos no Ministério da Saúde, protocolos também no Ministério da Educação, nos Estados, nos municípios. Muitos municípios já têm atitudes que compensam o retorno às aulas”, disse. Caso os senadores aprovem o projeto com alterações, ele retorna à Câmara, onde já foi aprovado em abril. Ao mesmo tempo, os deputados pretendem votar uma nova proposta sobre retorno às aulas. O texto prevê a volta às atividades presenciais deve obedecer às diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) com a colaboração de órgãos ligados à educação, saúde e assistência social.

*Com informações do repórter Levy Guimarães

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