Senador defende atuação de Pazuello na Saúde: ‘Conseguiu fazer a tragédia ser menor’

Marcos do Val afirmou que atuação do ex-ministro aconteceu em um momento ‘totalmente caótico’ da pandemia e negou que número de mortes por Covid-19 seja responsabilidade do general

  • Por Jovem Pan
  • 21/05/2021 09h55 - Atualizado em 21/05/2021 11h12
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Jefferson Rudy/Agência Senado O ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, durante depoimento na CPI da Covid-19 Na avaliação do parlamentar, o ex-integrante do governo viveu um momento "muito caótico" da pandemia no Brasil

O senador Marcos do Val (PODE) considera que a atuação do general Eduardo Pazuello à frente do Ministério da Saúde conseguiu evitar “uma tragédia maior” com relação à pandemia de Covid-19. Na avaliação do parlamentar, o ex-integrante do governo viveu um momento “muito caótico”. “Pazuello pegou momento de muito caos, totalmente caótico e na posição, como general, ele conseguiu fazer a tragédia ser menor e entregou a pasta para um médico”, disse em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, considerando que há uma tentativa de culpar o ex-ministro pelas consequências da crise sanitária. “Era um momento muito caótico. Até fiz um simbolismo, como se uma aeronave estivesse em rota de colisão, rota de colisão é que ele ia e colidiu. Muitos falam que ‘Pazuello levou a esse número de mortes’, é tudo achismo. Se fosse outro ministro, provavelmente, chegaria a isso ou a mais, porque o que está matando é o vírus”, afirmou. Marcos do Val avaliou ainda a presença do ex-chefe da Saúde na CPI da Covid-19. Segundo ele, Pazuello chegou “como um general, não como ex-ministro”. “Dá para entender que antes tinha a hierarquia, tinha um presidente acima dele e ele voltou agora como general três estrelas, a posição estava mais confortável. E ele tinha o habeas corpus do STF, então deu mais blindagem”.

O parlamentar também criticou a condução da CPI que, segundo ele, está “funcionando para falar sobre cloroquina”, como instrumento de “palanque político” e para “blindar os governadores” de investigações sobre os recursos enviados pela União. “É uma coisa notória a postura do relator e do vice-presidente. As perguntas são sempre as mesmas, de forma diferente, mas querendo que o convidado possa fala o que eles querem ouvir. Só vou sentir que estamos produzindo nessa CPI quando começar oitiva com governadores. Aí vamos começar a questionar, porque o dinheiro estava com eles e as decisões também estavam com eles”, pontuou, criticando também a possível apresentação de um pré-relatório por Renan Calheiros. “Tem que finalizar quando terminar, com muita cautela, muita prudência, com todo mundo chegando a essa conclusão. Não fazer um relatório para aproveitar e fazer campanha eleitoral, é só para isso que vai servir.”

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