Senadores criticam interrupções em falas de Nise Yamaguchi na CPI da Covid-19

Médica falou como convidada ao colegiado nesta terça-feira; em diversos momentos, no entanto, foi interpelada por parlamentares, o que causou desconforto e críticas nas redes sociais

  • Por Jovem Pan
  • 02/06/2021 10h40
Leopoldo Silva/Agência Senado Mulher de máscara depõe na CPI Senador Marcos Rogério classificou como constrangedora, desagradável e intimidadora a abordagem a Nise Yamaguchi

As interrupções constantes do depoimento da médica Nise Yamaguchi na CPI da Covid-19 causaram incômodo a senadores e foram alvo de críticas nas redes sociais. Doutora em pneumologia, Nise falou como convidada no colegiado do Senado Federal nesta terça-feira, 1º. Em diversos momentos, no entanto, foi interpelada sem conseguir completar o raciocínio. Logo no início da sessão, ao ser questionada pelo relator Renan Calheiros sobre idas ao Ministério da Saúde acompanhada de familiares, a médica foi interrompida diversas vezes. A situação persistiu e provocou a reação da senadora Leila Barros, para incômodo do presidente da comissão, Omar Aziz. “Quem esta acompanhando, o que a gente percebe que existe uma ansiedade muito grande pelas respostas da convidada. Peço só a vocês que a gente tenha um grau de tranquilidade, porque existe uma ansiedade muito grande.”

A reclamação da senadora chegou aos assuntos mais comentados do Twitter. O senador Marcos Rogério classificou como constrangedora, desagradável e intimidadora a abordagem a Nise Yamaguchi. “A oposição trata com dois pesos e duas medidas, mas quando vem alguém que tem a opinião da divergência, que pensa diferente, mesmo que tenham um currículo como tem a Dra. Nise Yamaguchi, eles maltratam, eles ofendem, eles ameaçam, eles desrespeitam. É algo que assusta”, disse. Além dos senadores, a deputada estadual Janaína Paschoal também criticou o comportamento dos parlamentares chamando a situação de “espetáculo triste”. Ela afirmou que “a divergência pode ser exposta com respeito e, a bem da verdade, quem investiga não deve acusar”.

*Com informações da repórter Camila Yunes

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