‘Só Deus me tira da cadeira presidencial’, diz Bolsonaro sobre impeachment

Declaração acontece após a ministra Cármen Lúcia determinar prazo de cinco dias para que o presidente da Câmara, Arthur Lira, se manifeste sobre pedidos de afastamento do presidente

  • Por Jovem Pan
  • 16/04/2021 07h20 - Atualizado em 16/04/2021 10h14
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MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO O presidente da república, Jair Bolsonaro, durante cerimônia no Palácio do Planalto O presidente voltou a questionar as ações de governadores para conter a pandemia e reiterou que o país está perto do limite

Durante a live semanal, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que apenas Deus pode tirá-lo da cadeira presidencial. A declaração foi dada em resposta à informação de que a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, deu cinco dias para o presidente da Câmara dos Deputados explicar por que ainda não analisou os pedidos de abertura de impeachment contra Bolsonaro. Mais de cem requerimentos aguardam uma decisão do deputado Arthur Lira. Bolsonaro disse que está tranquilo. “Não quero me antecipar, falar o que eu acho sobre isso aí, só digo uma coisa: Só Deus em tira da cadeira presidencial. E me tira tirando a minha vida, fora isso, o que estamos vendo acontecer no Brasil não vai se concretizar, não vai mesmo.”

O presidente voltou a questionar as ações de governadores para conter a pandemia e reiterou que o país está perto do limite. “Sei o que tem que fazer, dentro das quatro linhas da Constituição, dentro das quatro linhas das Constituição. Se o povo, cada vez mais se informar, cutucar seu vizinho, começar a mostrar para ele o futuro do nosso Brasil a gente ganha essa guerra. Sei onde está o câncer do Brasil”, disse. Jair Bolsonaro ainda reafirmou que o senador Jorge Kajuru não pediu autorização para gravar a conversa entre os dois. “Já falei ele algumas poucas vezes no passado, assim como. o fato de gravar a gente, no dia seguinte me ligou novamente, conversou comigo e falou que tinha cortado partes agressivas ao senador, fiquei quieto. Quer dizer, quando falou aquilo vi que o cara me gravou e vai divulgar, não vou discutir com o maluco aqui. Ele não pediu autorização para gravar uma ligação telefônica comigo.”  No diálogo, o presidente e o senador discutiram maneiras de minimizar o impacto da CPI da Covid no Senado sobre o governo federal e trataram da possibilidade de afastar ministros do STF.

*Com informações da repórter Letícia Santini

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