Sob pressão, Bolsonaro envia carta a Biden reafirmando compromisso ambiental

Segundo porta-voz da Casa Branca, os Estados Unidos querem um ‘comprometimento claro’ do Brasil para combate ao desmatamento ilegal na Amazônia

  • Por Jovem Pan
  • 15/04/2021 08h52 - Atualizado em 15/04/2021 09h00
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MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO O presidente da república, Jair Bolsonaro, durante cerimônia no Palácio do Planalto No documento, o presidente ressalta empenho do país para eliminar o desmatamento ilegal até 2030

O presidente Jair Bolsonaro enviou nesta quarta-feira uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em que se compromete a acabar com o desmatamento ilegal no país até 2030. Trecho do documento diz: “queremos reafirmar neste ato, em inequívoco apoio aos esforços empreendidos por v. excelência, o nosso compromisso em eliminar o desmatamento ilegal no Brasil até 2030”. No dia 22, os Estados Unidos vão realizar uma cúpula de líderes sobre a questão climática. Na carta, Bolsonaro afirma que “tem muita satisfação em participar do evento” e “assegura seu engajamento na busca de compromissos e resultados ambiciosos para a cúpula”. O presidente também pede ajuda ao dizer que há “necessidade de obter o adequado apoio da comunidade internacional, na escala, volume e velocidade compatíveis com a magnitude e a urgência dos desafios a serem enfrentados”. A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse que os Estados Unidos querem “ver um comprometimento claro” do Brasil na questão do desmatamento ilegal na Amazônia

O vice-presidente Hamilton Mourão publicou no Diário Oficial da União o Plano Amazônia 2021/2022, com as metas de redução do desmatamento na região. A jornalistas, Mourão reconheceu a piora nos números do desmatamento em março. “Vou fazer uma reunião agora quinta-feira com os ministros dos ministérios que estão na linha de frente desse combate para ver os problemas que eles estão enfrentando, e tem essa questão de contratação, que neste momento que estamos vivendo, está complicado, mas vamos ter que arrumar uma solução para isso aí. Nós tivemos um mês de março ruim, apesar do acumulado de agosto [de 2020] até agora estar com 19% de redução”, disse. O plano formaliza uma meta de redução do desmate e das queimadas ilegais aos níveis médios registrados entre 2016 e 2020, equivalente a mais de 8,7 mil quilômetros quadrados.

*Com informações do repórter Fernando Martins

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