Sob pressão, MEC deve autorizar vagas para cursos de medicina só onde faltam médicos

Novos cursos da área estão proibidos no país desde 2018, sob o argumento de que o governo precisava garantir a qualidade do ensino; 39.551 médicos entraram no mercado de trabalho em 2022

  • Por Jovem Pan
  • 04/04/2023 07h55 - Atualizado em 04/04/2023 12h30
José Cruz/Agência Brasil Camilo Santana Ceará Ministro da Educação, Camilo Santana, diz que pasta vai trabalhar em conjunto com o Ministério da Saúde para mapear localidades menos desassistidas

Diante da pressão feita por instituições de ensino superior, o ministro da Educação, Camilo Santana, estuda autorizar novas vagas para os cursos de medicina, mas apenas nas regiões do país onde há poucos médicos. Novos cursos de medicina estão proibidos no país desde 2018, sob determinação do então presidente Michel Temer (MDB), que alegava que os cursos de medicina cresceram de forma muito rápida no país e que o governo federal precisava manter a qualidade do ensino. Santana diz que há uma necessidade de que novos estudantes de medicina sejam formados próximos às regiões onde há falta desses profissionais para atendimento à população. Santana ainda diz que o MEC deve trabalhar em conjunto com o Ministério da Saúde para determinar os locais menos assistidos.

Em 12 anos, a quantidade de médicos no país dobrou. O ano de 2022 registrou um recorde, com entrada de 39.551 profissionais no mercado de trabalho. Os dados são do Conselho Federal de Medicina, que também mostra a diferença entre regiões, comparando capitais e municípios do interior. Nas capitais, o número de profissionais é de 6,21 por mil habitantes, enquanto nos municípios do interior o índice fica em apenas 1,72 para o mesmo contingente populacional.

*Com informações do repórter Letícia Miyamoto

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