Sob protestos, Argentina prorroga emergência alimentar até 2022

  • Por Jovem Pan
  • 19/09/2019 07h11 - Atualizado em 19/09/2019 10h06
EFE Macri pressionou o Senado para aprovar a lei

O governo da Argentina decidiu, nesta quarta-feira (18), após votação unânime no Senado, prorrogar a lei de emergência alimentar no país. A medida, que já havia sido aprovada na Câmara, existe desde 2002 e é prorrogada periodicamente. Agora, será estendida até o ano de 2022 .

A lei prevê aumento de 50% dos itens de assistência alimentar, que serão distribuídos para comunidades e regiões carentes. O Estado deverá disponibilizar 10 bilhões de pesos para arcar com a medida, o equivalente a R$ 725 milhões.

O projeto está detalha a partilha de verba, que será definida pelo chefe de gabinete, Marcos Peña, e pela ministra de Desenvolvimento Social, Carolina Stanley, mas a ideia é que todas as províncias sejam contempladas com com o benefício.

Também esta quarta-feira (18), manifestantes voltaram a protestar contras os efeitos da inflação no país. Várias organizações sociais e famílias com crianças acamparam por 24 horas na Avenida 9 de Julho, uma das principais de Buenos Aires, capital do país.

Como forma de tentar conter as ameaças de um novo acampamento, que estava sendo planejado, o governo de Mauricio Macri pressionou o Senado para aprovar a lei de emergência alimentar.

A medida do atual presidente vem em um momento em que ele tenta superar o candidato da oposição, Alberto Fernandez, que saiu na frente nas votações primárias ao lado de sua vice, a ex-presidente Cristina Kirchner. As eleições na Argentina estão marcadas para acontecer no dia 27 de outubro.

*Com informações da repórter Camila Yunes

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