Sonho da casa própria diminui e moradia por assinatura vira opção

Estudo mostra que 82% das pessoas preferem morar de aluguel de forma desburocratizada

  • Por Jovem Pan
  • 25/11/2020 07h45 - Atualizado em 25/11/2020 09h42
Primeira edição do Salão do Imóvel SP acontece nos dias 18, 19 e 20 de novembro.

A fotógrafa Marina Sampaio tem 24 anos e morou oito meses na Austrália. Quando voltou para São Paulo, alugou um apartamento em Perdizes, mas não gostou muito. O contrato era burocrático demais, além do prazo mínimo de permanência com multa e toda a documentação. Com isso, Marina conheceu um novo modelo de locação, uma plataforma de moradia por assinatura. Com opção de apartamento pronto para morar, decorado e com serviços completos, a fotógrafa conta que, para o seu estilo de vida, é a alternativa perfeita. “Eu vim passar uma semana na Housi para conhecer a acabei me apaixonando e nunca mais voltei, só voltei para pegar as minhas coisas e voltar para cá. Para alugar eu ainda não tenho facilidade como pessoas mais velhas, então eu consegui fechar um apartamento com toda essa burocracia, com documentação é muito difícil. Aqui você só fecha quanto tempo você quer, paga direitinho e vai ficando. Por isso estou ficando até agora”, conta.

Esse novo tipo de empreendimento oferece, entre outras coisas, um espaço de coworking com biblioteca, adega com vários tipos de vinho, uma geladeira com bebidas e um mercadinho. O CEO da Housi, Alexandre Frankel, acredita que não faz sentido ficar se endividando por 30 anos em um único lugar. “Acredito em uma geração sem casa, em uma geração que não precisa imobilizar todo seu dinheiro, não precisa ficar presa em burocracia e não ter a disponibilidade de escolher. O mundo de hoje, com a tecnologia, com todas as possibilidades, pode trazer mais tempo, mais comodidade e aí vai o futuro da moradia. Por isso a gente acredita na Housi de moradia por assinatura”, afirma. Uma pesquisa do Instituto de Pesquisas Sociais Políticas e Econômicas (IPESPE), em fevereiro deste ano, identificou que 55% das pessoas aceitavam morar em imóveis de acordo com a fase de vida. Foi o que aconteceu com a jornalista Amanda Cássia, de 24 anos que morava na Água Branca e se mudou para o centro da capital paulista. “Eu sou muito a favor dessa oportunidade de ir morar mais próximo do trabalho, de se locomover mais fácil porque é qualidade de vida”, conta. Nesse sentido, o sonho da casa própria vem perdendo força entre os mais jovens: 82% preferem morar de aluguel de forma desburocratizada ao invés de ter compromisso de ficar anos financiando imóvel.

*Com informações do repórter Victor Moraes

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