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STF adia decisão sobre Assembleia Legislativa poder anular ordem judicial contra deputados

Divergência entre ministros impediu conclusão de julgamento sobre delações da JBS

Julgamento sobre imunidade de parlamentares estaduais será retomado nesta quinta-feira, no Supremo Tribunal Federal.

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As ações são contra políticos estaduais que revogaram as prisões de colegas alegando seguir o mesmo entendimento adotado pelo próprio STF no caso do senador Aécio Neves.

Estão sendo analisadas decisões das Assembleias Legislativas do Rio Grande do Norte, do Mato Grosso e do Rio de Janeiro.

O ministro Edson Fachin votou pela suspensão da resolução da Alerj, que revogou a prisão dos deputados Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB.

Os políticos haviam sido presos por determinação do Tribunal Regional Federal da segunda Região.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apresentou a ação para anular a decisão da Alerj, por entender que a decisão fere a Constituição: “quando essas normas estaduais desafiam a validade das ordens judiciais, assumindo que tem sobre o conteúdo delas o mínimo poder revisional e a possibilidade de descumpri-las, a norma viola o princípio constitucional da separação de Poderes”.

Para o ministro Edson Fachin, as Assembleias usurparam o poder do Judiciário: “a Assembleia Legislativa do Estado usurpou competência atribuída exclusivamente ao Poder Judiciário”.

Na contramão, o ministro Marco Aurélio Mello votou em favor da possibilidade de assembleias legislativas revogarem prisões de deputados estaduais: “a regra é clara e não deixa margem para dúvidas. Os deputados estaduais têm a inviolabilidade conferida aos membros do Congresso Nacional. O dispositivo não abre campo à controvérsias semânticas”.

O resultado provisório, portanto, é um empate, até que a sessão seja retomada nesta quinta-feira.

*Informações da repórter Marcella Lourenzetto

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