STF dá duas semanas para transportadoras pagarem multa de R$ 141 milhões
Com o fim da greve dos caminhoneiros o governo agora precisa lidar com os prejuízos causados pela paralisação ao setor produtivo brasileiro. Na última quarta-feira (30), o ministro chefe da casa civil, Eliseu Padilha, recebeu representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), dos Transportes, do Sistema Financeiro, Saúde e da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).
O coordenador do núcleo econômico da CNA, Renato Cochon, diz que o desafio agora é evitar que os prejuízos que chegam a R$ 6,6 bilhões, acabe sendo repassado ao consumidor final.
Ele, no entanto, nega que o produtor vá repassar aos preços esse prejuízo. A ANT publicou a tabela de frete mínimo, acordada com os caminhoneiros. A CNA é contra. Já reclamou que o setor não pode mais uma vez ser penalizado. O governo, nesse momento, trabalha também para identificar empresários do setor de transporte, que estariam dificultando a volta ao trabalho.
A Advocacia Geral da União (AGU) já encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) dados sobre 96 empresas que descumpriram a decisão do tribunal para desocupar vias afetadas pelas paralisações. As multas nesse caso chegam a R$ 141 milhões. Ela lembra que a multa é uma determinação do ministro do STF, Alexandre de Moraes e que não há possibilidade de qualquer tipo de negociação com o governo.
Moraes deu 15 dias para que as empresas multadas depositem os valores. Na quarta-feira, a AGU encaminhou o nome de mais 9 empresas e pediu que elas também sejam multadas em cerca de R$ 67 milhões. A Polícia Federal também abriu inquérito para investigar 52 empresas por suposta prática de locaute.
*Com informações da repórter Luciana Verdolin
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