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STF retoma nesta quarta discussão da prisão em 2ª instância

Ministro do STF Marco Aurélio Mello

O Plenário do Supremo Tribunal Federal retoma nesta quarta-feira (23) o julgamento sobre a legalidade da prisão após condenação em segunda instância. De acordo com levantamento do Conselho Nacional de Justiça, se houver mudança no entendimento da Corte, 4895 presos podem ser beneficiados.

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Entre eles estão presos no âmbito da Lava Jato como o ex-presidente Lula, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha.

Desde 2016, vigora o entendimento do Supremo de que réus podem começar a cumprir a pena de forma antecipada, sem a necessidade de aguardar o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.

A sessão desta quarta-feira vai começar com a sustentação oral de dois advogados interessados na causa. Em seguida, vão falar o advogado-geral da União, André Mendonça, e o procurador-geral da República, Augusto Aras.

Tanto a AGU quanto a PGR já se posicionaram, em outros momentos, favoravelmente à prisão após condenação em segunda instância. Só depois dessas manifestações, os onze ministros da Corte vão começar a votar.

O entendimento que for firmado pelo Supremo valerá para todas as instâncias da Justiça e terá cumprimento obrigatório. O julgamento começou na quinta-feira (17) passada.

Na ocasião, o relator do caso, ministro Marco Aurélio Mello, disse acreditar em uma mudança no atual entendimento do plenário. Mello também fez referência à ministra Rosa Weber, que já votou contra a prisão após condenação em segunda instância, mas tem seguido a jurisprudência do STF.

A expectativa é que, se nenhum ministro pedir vista, ou seja, mais tempo para analisar o caso, o julgamento seja concluído ainda nesta semana.

Nos último nove anos, o Supremo já se reuniu ao menos seis vezes para analisar a legalidade da prisão após condenação em segunda instância.

*Com informações do repórter Afonso Marangoni

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