Surtos da síndrome mão-pé-boca preocupam pais em São Paulo
Segundo a secretaria municipal de saúde, 173 focos da doença já foram localizados em 2021
A empresária Evilyn Ribeiro é mãe do Leonardo, de oito meses. Há algumas semanas levou um susto com o bebê. “Ele começou a ficar meio chatinho, a gente achou que era o dente, só que evoluiu para febre, aí ligamos para a pediatra. Ela falou: ‘olha, ele toma essa medicação, bem levinha, nada muito forte’. E aí começou a aparecer as bolhas nas mãos, umas manchinhas, foi o primeiro lugar que apareceu e depois na boca. Por último, no pé”, conta. O pequeno foi diagnosticado com a síndrome mão-pé-boca. Evilyn conta que descobriu depois que outras crianças também tiveram o mesmo problema após frequentar a mesma praça que o bebê.
Segundo especialistas, a doença é muito frequente na faixa etária de até três anos, sendo causada por um vírus e contagiosa. A transmissão se dá via oral. A pediatra Cecília Tartati explica os sintomas. “Começa a ter febre, a criança fia também inapetente porque começa a aparecer umas lesões na boca, como se fossem aftas, umas manchinhas que podem ser avermelhadas ou esbranquiçadas. Aí, por isso, a criança fica um pouco inapetente. Como ela fica com dor, pode ficar nauseada, vomitar”, relata.
De acordo com a médica, a síndrome mão-pé-boca não tem o risco de evoluir para algo mais grave, mas é importante consultar um profissional que possa orientar no tratamento. Segundo a secretaria municipal de saúde de São Paulo, em 2020 não houve surto da doença. Em 2019, foram seis surtos e neste ano já são 173 surtos. A recomendação é que a criança infectada não frequente a escola ou locais compartilhados.
*Com informações da repórter Carolina Abelin
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