Tarcísio admite que ‘situação é difícil’ para caminhoneiros, mas pede paciência
O ministro da infraestrutura garantiu que o governo não vai parar de trabalhar dentro de uma agenda que possa melhorar a situação
O governo federal não esconde a preocupação com a possibilidade de uma nova greve de caminhoneiros a partir da próxima semana. O ministro da infraestrutura, Tarcísio Freitas, admitiu que não é o momento para a categoria, mas pediu paciência. “A gente sabe que a situação é difícil, passamos por uma pandemia, a economia encolheu, isso obviamente afeta o preço de tudo, preço do frete, mas não vamos parar de trabalhar dentro de uma agenda que já está planejada, passo a passo para melhorar esse processo. Estamos apostando muito no documento de transporte eletrônico, vai trazer simplificação, vai acabar com intermediário, que vai trazer o Pix para o transporte rodoviário.”
O presidente Jair Bolsonaro lamentou o aumento dos combustíveis, que chegou a R$ 0,09. Ele admitiu que a categoria faz sacrifícios, mas lembrou que o governo federal já gerou a CIDE e que, atualmente, só incide sobre o óleo diesel o PIS e o Cofins, além dos impostos federais. O mandatário ressaltou, no entanto, que o governo não tem como absorver nenhum reajuste. “Cada centavo para diminuir o diesel eu tinha que buscar receita em outro local, ou criar imposto ou aumentar outros impostos. E cada centavo no diesel equivale a R$ 800 milhões por ano. Então cada centavo no diesel eu tenho que buscar R$ 800 milhões em outro lugar. O que a economia apresentou pra mim, aumenta aqui, aumenta lá, ia penalizar todo mundo.” disse. Bolsonaro lembrou que o biodiesel, que hoje é misturado ao óleo diesel, tem efeitos ecológicos positivos mas, por outro lado, provoca aumento nos preços para o consumidor final.
*Com informações da repórter Luciana Verdolin
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