Tesouro libera mais R$ 300 milhões para realização do Censo em 2022

Recursos vão sair do Fundo de Garantia de Exportação, que é coordenado pelo Ministério da Economia; Associação de Funcionários do IBGE acredita que a verba ainda é insuficiente

  • Por Jovem Pan
  • 16/10/2021 11h16
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Licia Rubistein/Agência IBGE Notícias IBGE, responsável pelo Censo Demográfico, cancelou provas para abertura de mais de 204 mil vagas temporárias Censo demográfico foi realizado pela última vez em 2010

Tesouro libera mais recursos para o censo demográfico de 2022. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Secretaria Especial do Tesouro e do Orçamento autorizou uma emenda ao projeto orçamentário de 2022 fixando o valor total do censo demográfica em R$ 2,292 bilhões. De acordo com ofício enviado à Advocacia-Geral da União (AGU), a Secretaria do Tesouro informou que é possível ampliar o orçamento do censo conforme demandado pelo IBGE e pelo parecer do Supremo Tribunal Federal (STF). Os recursos vão sair do Fundo de Garantia de Exportação (FGE), que é coordenado pelo Ministério da Economia. O censo é uma espécie de fotografia detalhada da sociedade brasileira. Ele não foi feito no ano passado, nem este ano por causa da pandemia do coronavírus.

O último censo foi realizado em 2010, mas o normal é que ele seja feito a cada dez anos. No orçamento original do IBGE, a demanda era de mais de R$ 3 bilhões. No entanto, o governo sinalizou inicialmente com R$ 2 bilhões e só agora autorizou um extra de quase R$ 300 milhões. Dione de Oliveira, representante da Associação de Funcionários do IBGE, disse à Jovem Pan, que a verba é de R$ 2,3 bilhões ainda é insuficiente e coloca em risco o censo do ano que vem. “R$ 2,3 bilhões, ainda se o iBGE conseguir, ainda deixa em risco o censo, porque somente R$ 2 bilhões era o valor designado pra pagar os trabalhadores temporários e supervisores”, diz Dione. Essa emenda E$ 300 milhões a mais precisa agora ser votada e aprovada pelo Congresso Nacional, mas o IBGE já tem o sinal verde do Poder Executivo, da Secretaria do Tesouro e do próprio Poder Judiciário, no caso o Supremo Tribunal Federal.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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