Bolsa volta aos 114 mil pontos com bom humor internacional e Pão de Açúcar; Dólar cai

Otimismo global é acentuado por temporada de divulgação de balanços corporativos e manifestação do BC chinês sobre a Evergrande

  • Por Jovem Pan
  • 15/10/2021 17h24
ROBERTO GARDINALLI/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Notas de real e dólar espalhadas em cima de uma bandeira dos Estados Unidos Dólar opera em alta com mercados à espera de dados das inflação dos EUA

Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro encerraram esta sexta-feira, 15, no campo positivo com o bom humor no cenário internacional e o noticiário corporativo doméstico. O Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, fechou com alta de 1,3%, aos 114.647 pontos. Foi o melhor desempenho dos negócios desde 15 de setembro, quando o índice encerrou aos 115.062 pontos. O resultado faz o pregão valorizar 1,6% na semana e 3,3% na parcial de outubro. Desde o início do ano, o Ibovespa registrou queda de 3,6%. Após uma série de intervenções do Banco Central (BC) com o leilão de contratos de swap cambial nos últimos dias, o dólar encerrou a sessão com queda de 1,1%, a R$ 5,455. O câmbio chegou a bater a máxima de R$ 5,506, enquanto a mínima não passou de R$ 5,435. O desempenho faz a divisa norte-americana encerrar a semana com queda de 1%, e alta de 0,2% no mês. Já na relação desde janeiro, o real registra desvalorização de 5% ante o dólar.

Os principais mercados do mundo seguraram o otimismo da véspera com a temporada de divulgações dos resultados das empresas no terceiro trimestre. Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden sancionou o pacote que amplia o teto da dívida para US$ 480 bilhões, evitando um calote do governo. O clima também foi aliviado pela manifestação do BC da China sobre a crise gerada pela incorporadora Evergrande. Segundo a autoridade monetária, o risco não deve se espalhar por outros setores. Na pauta doméstica, o Grupo Pão de Açúcar (GPA) informou que vendeu 71 unidades do Extra Hiper ao Assaí e que vai extinguir o modelo de hipermercado no país. As lojas serão transformadas em atacarejos, também chamado de Cash & Carry, sob responsabilidade do Assaí. O anúncio fez as ações do GPA dispararem a 12,3%. O negócio foi fechado por R$ 5,2 bilhões, sendo R$ 4 bilhões pagos em seis parcelas até 2024, e R$ 1,2 bilhão através de um fundo imobiliário. Em comunicado aos investidores, o GPA afirmou que 28 unidades do hipermercado Extra serão convertidas para as bandeiras Pão de Açúcar e Mercado Extra. Outras quatro unidades serão desativadas. “O GPA irá acelerar seu plano de expansão com foco nas bandeiras de maior rentabilidade e performance, e da liderança no e-commerce alimentar”, informou a empresa.

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